CRISE ECONÔMICA: endividamento das famílias fica acima de 77% no mês de junho

Mês de junho tem taxa de endividamento das famílias maior que 77%. O percentual é reflexo da crise econômica impulsionada pela alta da inflação que compromete o poder de compra da população. Apesar da porcentagem indicar queda pelo segundo mês consecutivo, o índice ainda é elevado.

De acordo com levantamento publicado na última quinta-feira (7), realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência também apontou uma leve queda de 0,2%, sendo a primeira desde setembro de 2021, marcando 28,5%.

Endividamento das famílias atinge 77,3% em junho

Segundo a entidade, o endividamento das famílias brasileiras em junho foi de 77,3%, o número, apesar do pequeno recuo em relação a maio, ainda é 7,6% maior que junho de 2021. A queda na inadimplência se mostrou também para aqueles que afirmam não ter condições de quitar as dívidas, caindo para 1,6%.  

A tímida melhora é associada ao mercado de trabalho pelo presidente da CNC, José Roberto Tadros:

“Com menos restrições impostas pela pandemia e as medidas temporárias de suporte à renda, como saques extraordinários do FGTS, antecipações do 13º salário, INSS e maior valor do Auxílio Brasil, a população precisou apelar menos para os gastos no cartão”, disse Tadros em nota.

Cartão de crédito é a principal dívida das famílias brasileiras

O perfil das dívidas do brasileiro não apresentou grande mudança, mantendo o cartão de crédito como o maior meio pelo qual as famílias fazem dívidas. Conheça os percentuais das principais dívidas: 

  • Cartão de crédito: 81,8%
  • Carnês: 17,5%
  • Financiamento de carro: 11,9%
  • Crédito pessoal: 10%
  • Financiamento de casa: 9,1%
  • Cheque especial: 6,3%
  • Crédito consignado: 6,8%
  • Outras dívidas: 2,1%
  • Cheque pré-datado: 1,3%

Junho apresenta que de 0,1% no percentual de endividamento em relação a maio

Após pico de abril, junho é o segundo mês com queda no percentual de endividamento das famílias brasileiras. No entanto, em comparação a junho de 2021, o percentual é de alta considerável. Confira os números dos últimos 12 meses:

  • junho de 2021: 69,7%
  • julho de 2021: 71,4%
  • agosto de 2021: 72,9%
  • setembro de 2021: 74%
  • outubro de 2021: 74,6%
  • novembro de 2021: 75,6%
  • dezembro de 2021: 76,3%
  • janeiro de 2022: 76,1%
  • fevereiro de 2022: 76,6%
  • março de 2022: 77,5%
  • abril de 2022: 77,7%
  • maio de 2022: 77,4%
  • junho de 2022: 77,3%

Fonte: CNC

Apesar de representar uma queda, a mudança observada entre os últimos meses de maio e junho também é a menor notada de um mês para o outro nos últimos 12 meses.

Hannah AragãoHannah Aragão
Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE. Atuei em diferentes áreas da comunicação, como endo marketing, comunicação estratégica e jornalismo impresso. Atualmente me dedico ao jornalismo online na produção de matérias para o FDR.