Foi divulgada uma projeção feita por Ecio Costa, professor titular de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e da P³ Inteligência. Nela, foi possível perceber que o Auxílio Brasil representa 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da região nordeste do país.
De acordo com o levantamento, no ranking de 100 cidades que sentem de forma mais intensa o pagamento do Auxílio Brasil, pelo menos 96 estão no Nordeste. Quando comparados os 10 municípios que possuem mais impacto do auxílio no PIB, 7 deles estão no estado do Maranhão.
A cidade de Serrano do Maranhão (MA), por exemplo, tem 34% do seu PIB ocupado por rendimentos vindos do Auxílio Brasil. O levantamento também mostrou que o mesmo programa equivale a 10% ou mais do PIB de 648 cidades do país.
Hoje, o programa social é pago para famílias que se enquadram em condições de pobreza e extrema pobreza. Para tanto, é preciso comprovar renda mensal de R$ 105 a R$ 210 por pessoa da família.
O pagamento é de no mínimo R$ 400 e acontece sempre nos dez últimos dias úteis do mês.
Em torno de 14 milhões de famílias que estavam no Bolsa Família foram transferidas automaticamente para o Auxílio Brasil. O governo ainda passou a aceitar novos inscritos, e hoje paga o salário de assistência para 18,1 milhões de famílias brasileiras.
Capitais com maior impacto do Auxílio Brasil no PIB
A pesquisa mostrou como o programa de assistência social interfere no PIB das capitais brasileiras. Pelo menos 11 delas tem mais de 1% do Produto Interno Bruto vindo desta fonte.
- Belém (2%)
- Fortaleza (1,82%)
- Macapá (1,66%)
- Rio Branco (1,64%)
- Teresina (1,61%)
- Salvador (1,59%)
- João Pessoa (1,54%)
- Maceió (1,4%)
- São Luís (1,33%)
- Aracaju (1,14%)
- Natal (1,13%)
Em contra partida, Brasília (0,19%), Curitiba (0,23%), Florianópolis (0,24%), Porto Alegre (0,33%), São Paulo (0,37%), Belo Horizonte (0,45%) e Rio de Janeiro (0,48%), têm os menores impactos.
Quando o país todo foi pesquisado, viu-se também que os menores impactos do Auxílio sobre o PIB aconteceram no Sul do país.
Ao fazer o levantamento dos estados, o ranking com as 10 federações com maior porcentagem de reserva do programa social no PIB. Foram:
- Maranhão: 4,69
- Piauí: 4,39
- Paraíba: 3,84
- Alagoas: 3,51
- Ceará: 3,42
- Bahia: 3,25
- Sergipe: 3,25
- Acre: 3,18
- Pernambuco: 3,11
- Pará: 2,68