Nesta semana o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC) fará uma reunião para definir pela segunda vez no ano, o novo valor da taxa Selic, que atualmente está em 4,25%. O avanço do coronavírus (Covid-19) e a instabilidade do mercado financeiro na última semana, levaram à indefinição do destino dos juros básicos da economia.
Na semana passada, a maior parte das instituições financeiras foram consultadas pelo boletim Focus, do Banco Central, e já estavam prevendo uma revisão na taxa Selic. Hoje, a tarifa está no seu menor nível da história. Porém, a alta do dólar e a queda da bolsa provocam uma inversão de expectativas.
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A curva de juros no mercado futuro subiu, indicando que parte dos agentes financeiros apostam em um possível aumento da Selic.
O Banco Central emitiu um comunicado informando que seriam tomadas medidas para comprar os efeitos da desaceleração da economia e da deterioração dos ativos financeiros sobre a inflação antes de tomar uma decisão sobre a taxa básica de juros.
O BC avaliou ainda que a baixa demanda prevalecia, o que impediria o repasse da alta do dólar para os preços. Algumas instituições entenderam a nota do BC como uma indicação de que os juros podem baixar na próxima reunião.
O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro encontro são realizadas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia do país, do mundo e o comportamento do mercado financeiro.
Já no segundo encontro, os membros do Copom fazem uma análise das possibilidades e definem o valor da Selic.
A taxa Selic serve de referência para os demais juros da economia, essa é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas todos os dias no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
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Depois de definir o valor da taxa, o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para que seja possível chegar a meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo Banco Central.