Ministério da Educação vai oferecer curso para preparar os professores para receber nas salas de aula os estudantes refugiados. A formação elaborada pelo MEC está de acordo com programa que acolhe essa população.
Segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados o Brasil recebeu 29.484 pedidos de refúgio em 2021; e nos dois primeiros meses desse ano foram registrados 7.375 pedidos.
Assim, pensar na educação dos estudantes que entram no país como refugiados é extremamente importante.
“Atualmente, há mais de 57 mil pessoas no Brasil reconhecidas como refugiadas. Infelizmente, as crianças refugiadas apresentam probabilidade 53% menor de estar na escola em comparado às crianças brasileiras. A dificuldade de acesso ao sistema escolar ocorre por fatores como barreiras burocráticas, sociais, culturais e principalmente linguísticas”, afirma o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato Brito.
MEC lança Curso de acolhimento de refugiados
No último dia 9 de junho o MEC lançou o programa que tem o objetivo de oferecer aos profissionais da educação as habilidades necessárias para facilitar o acolhimento de estudantes imigrantes e refugiados nas escolas.
Serão 80 horas de conteúdos divididas em dois módulos que contam com momentos teóricos e práticos; a ideia é fazer com que os professores consigam elaborar o material pedagógico que atenda também a esses grupos.
As aulas serão virtuais e serão disponibilizadas através da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (Avamec), já utilizada pelo MEC em outros cursos.
O MEC informou que a capacitação segue as linhas da Operação Acolhida, força-tarefa criada em março de 2018 para receber imigrantes e refugiados venezuelanos que chegavam ao Brasil.
“a política migratória é uma política completamente transversal, que aborda todos os aspectos da vida, inclusive linguísticos…O aparato [para esta política] não é só estatal e governamental, mas de agências das Nações Unidas e da sociedade civil, presentes de maneira muito forte para acolher e integrar, porque todos aspectos da vida humana passam ali”, afirma o coordenador-geral do Comitê Geral para Refugiados do Ministério da Justiça, Bernardo Laferté.
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