Os leilões chamam a atenção de muitos brasileiros. Os interessados são atraídos pela oportunidade de adquirir itens por valores mais acessíveis. Apesar disso, esses eventos ainda são vistos com desconfiança por algumas pessoas. Em meio a isso, ainda existe a dúvida se o leilão é bom negócio.
Em um leilão, diversos itens podem ser disponibilizados. Entre as possibilidades mais comuns, estão imóveis, carros, obras de arte e joias, e outros objetos.
À R7, o leiloeiro Douglas Fidalgo explica que, no país, os tipos mais tradicionais de leilão são os judiciais (determinados por juiz), extrajudiciais (de bens de companhias e seguradoras) e de estatais órgãos públicos.
Leilão é um bom negócio?
Segundo Fidalgo, atualmente, já existe a possibilidade de comprar em um leilão judicial com parcelamento. Sendo assim, o especialista entende que se tornou um bom negócio para o comprador.
Apesar disso, ao dar um lance em algum item de interesse, o cidadão precisa se atentar para as condições do produto. Fidalgo afirma que é bastante raro ter leilão no qual o interessado não possa realizar a visitação.
O especialista cita que a impossibilidade acontece somente em alguns casos de leilões judiciais.
Ele comentou sobre os casos específicos que envolvem a compra de veículos sinistrados. Nestas situações, Fidalgo afirma que é preciso verificar o automóvel antes de efetuar uma oferta — para conhecer a real situação do veículo. Segundo o especialista, às vezes, sai mais caro do que adquirir um novo.
Observações sobre leilão de imóveis
Sobre os leilões de imóveis, quem encara esse evento como investimento, pode se dar bem. Ao Valor, o advogado especializado em leilão de imóveis Bence Pal Deák afirma que, quem arremata um bem com o intuito de morar nele pode ter problemas.
Contudo, se a pessoa não tiver pressa, o especialista declara que o negócio tem tudo para valer a pena. Ele informa que a desocupação pode demorar cinco dias ou até 10 anos, por exemplo. Diante disso, não se deve utilizar uma parte importante do capital para essa destinação.
Uma das recomendações para obter um bom negócio é realizar uma pesquisa detalhada. Desse modo, será possível saber o valor real do bem — e descobrir se vale a pena participar do leilão.
Além disso, a pessoa deve ler atentamente o edital do leilão — que está disponível na internet —, realizar avaliação e também conhecer a própria necessidade.
O interessado ainda precisa verificar se o imóvel está ocupado. Caso sim, vale ficar de olho se o processo de desocupação já começou, ou se terá que ser efetuado pelo arrematante. Neste sentido, o comprador pode ter perdas, pois deverá arcar com o pagamento de IPTU e condomínio até tomar posse do bem.