Em março, os saques da caderneta de poupança foram superiores aos depósitos em R$15,356 bilhões, de acordo com o Banco Central. No mês anterior, o resultado foi negativo em R$5,349 bilhões.
No mês passado, os poupadores retiraram R$327,109 bilhões, o montante mais alto para qualquer mês desde o início da série histórica em janeiro de 1995 e depositaram R$311,753 bilhões na caderneta.
No mesmo período do ano passado, a poupança teve um resultado negativo de R$3,524 bilhões. Já no primeiro mês de 2022, a modalidade teve uma captação líquida, que é a diferença entre entradas e retiradas, negativa em R$19,665 bilhões, a mais alta para qualquer mês da série histórica.
No primeiro trimestre deste ano, a poupança registrou uma captação negativa em R$ 40,371 bilhões. Em 2020 como um todo, a modalidade teve uma saída líquida de R$ 35,469 bilhões.
Este resultado de março de 2022 se juntou ao rendimento de R$ 5,318 bilhões creditados no mês. Desta forma, o saldo total da poupança foi de R$ 1,006 trilhão, R$ 10 bilhões a menos que o registrado o mês anterior.
E ainda, os recursos da caderneta, aplicados em crédito imobiliário (SBPE), registraram um saque líquido de R$ 12,596 bilhões. Já no caso do crédito rural (SBPR), foi detectada uma saída de R$ 2,759 bilhões.
As informações foram publicadas com atraso por conta da greve dos servidores do Banco Central, que durou 18 dias e que foi suspensa na última terça. A previsão era que os dados fechados do mês de março fossem divulgados no dia 6 de abril. No entanto, os trabalhadores decidiram manter a operação-padrão e realizarão paralisações diárias entre 14h às 18h. A categoria deseja obter um reajuste salarial de 27% e reestruturação de carreira.
O BC também publicou os dados da poupança até o dia 14 de abril revelando uma captação negativa de R$5,917 bilhões.
A caderneta de poupança é um investimento em que o dinheiro fica depositado em uma conta no nome do próprio cliente e que não determina valores mínimos ou máximos de depósito ou quantidade de aportes por mês.