Trabalhadores de todo o país devem ficar atentos ao novo valor estipulado para o salário mínimo de 2020, sendo este a base de pagamentos que vigora no Brasil. A partir do dia 1º de fevereiro já passou a valer outra quantia para o benefício. A decisão foi regulamentada na última sexta-feira (31), através do Diário Oficial.
Agora, o salário mínimo será de R$ 1.045. O aumento é de 4,7% em relação aos R$ 998, vigente durante o último ano. Esta é a segunda alteração realizada no benefício.
O primeiro reajuste foi feito no dia 1° de janeiro, quando o salário mínimo 2020 mudou pela primeira vez e foi para R$ 1.039. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro editou a medida provisória para configurar-se em 4,1% de reajuste em relação ao valor de 2019.
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O valor foi formulado tendo como base a previsão em torno do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumido), considerando apenas valores apurados para os meses de janeiro a novembro. E, para o mês de dezembro, a mediana das projeções de mercado levantadas pelo último Boletim Focus do Banco Central, sem ganho real.
Mas o valor do INPC acabou, no último ano, ficando um pouco mais alto e fechando em 4,48%. Novo percentual foi formulado levando em consideração a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumido, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 10 de janeiro.
A novas mudanças foram feitas para evitar que o salário tivesse uma correção abaixo da inflação. Desta forma, o presidente Jair Bolsonaro determinou uma nova alta para R$ 1.045.
Segundo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do salário mínimo serve de referência para 49 milhões de pessoas.
As mudanças foram feitas para garantir o “espírito” da constituição, como detalha o ministro da economia, Paulo Guedes.
Ele ainda destaca que é necessário seguir o que o texto instituído na Constituição Federal, que obriga a presidência a determinar um piso que mantenha o poder de compra dos brasileiros.
De acordo com cálculos do governo, o aumento de cada R$ 1 no salário mínimo implica despesa extra em 2020 de aproximadamente R$ 355,5 milhões. Com o reajuste para R$ 1.045 o impacto estimado é de R$ 2,3 bilhões.