Mesmo depois do reajuste já autorizado para o salário mínimo em 2020, o ministro da economia, Paulo Guedes, anunciou que o piso pode sofrer novas alterações ainda este ano. A intenção do governo federal é realizar a recomposição da inflação do ano passado sobre o reajuste aplicado ao salário.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, estuda aumentar o valor do salário mínimo. O assunto foi tema de reunião com a equipe de economia após o recesso de fim de ano, durante esta semana.
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Se não não realizar a alteração, a equipe econômica pontua que caberá ao próprio Congresso discutir o assunto na volta dos trabalhos do Legislativo. Desta forma, provocará um desgaste para o presidente Jair Bolsonaro.
Ainda pontua-se o interesse em evitar que os mais pobres tenham um reajuste menor, considerando um ganho salarial inferior. Já que para as aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo o porcentual ficou em 4,48%.
Com as alterações, o teto dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passa de R$ 5.839,45 para R$ 6.101,06 a partir de janeiro de 2020.
Atualmente o valor do salário mínimo está fixado em R$ 1.039, com alta de 4,1% em relação a 2019.
O resultado final foi pontuado pelo governo levando em consideração a previsão do mercado financeiro para Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que, no entanto, acabou ficando acima do previsto.
Se for dado o mesmo índice aplicado sobre o teto do INSS, o valor do piso subirá para R$ 1.042,71. A ideia é aumentar a quantia para repor a inflação. Mas a decisão final deverá ser do presidente.
Além do ajuste na Medida Provisória do salário mínimo, o ministro da economia ainda estuda levar para sua agenda as medidas para acabar com o represamento na concessão de benefícios da Previdência Social.
Se o cronograma for seguido como esperado, novas informações sobre os planos do governo para 2020 devem ser anunciadas até quarta-feira (15).