
Hoje, muitos investidores de sucesso, professores do ramo e pessoas que se aventuraram a estudar o mercado (e deu certo), possuem canais canais no Youtube, publicam em suas redes sociais, criam newsletters gratuitas para quem quer aprender mais sobre esse universo. Inclusive, portais como o Sebrae, que tem um papel importante nesse assunto, também oferecem diversos conteúdos importantes para uma educação, pelo menos básica, do mundo financeiro no Brasil.
Cada país possui suas tarifas, seu “salário mínimo”, média de custo de vida e assim por diante. Para nós, conhecer o básico da dinâmica financeira brasileira nos permite estar preparados para lidar com o nosso dinheiro e até escolher melhor onde aplicá-lo, para quem sabe, ter um futuro mais tranquilo. Nosso planejamento começa com as metas.
Por que metas financeiras reais?
Traçar metas financeiras dentro da realidade ajuda a mantermos nossa disciplina e não nos frustrarmos. Isso não quer dizer que não vamos buscar objetivos grandiosos e sonhar, pelo contrário: as metas servem para que possamos tornar esses objetivos de longa data, reais.
Igual quando começamos a fazer exercícios físicos, a mudança pode não aparecer de primeira, mas com a constância e a dedicação, sem exceder seus limites, traz resultados. As metas podem ser ambiciosas, mas precisam ser sustentáveis de acordo com o seu estilo de vida.
- Metas de curto prazo (até 1 ano): reserva de emergência, quitar uma dívida específica, fazer uma viagem, reformar algo em casa etc;
- Metas de médio prazo (1 a 5 anos): dar entrada em um imóvel, trocar de carro, fazer um curso, juntar uma quantia para empreender, economizar para um casamento ou afins.
- Metas de longo prazo (acima de 5 anos): aposentadoria ou independência financeira, patrimônio para os filhos, viver de renda advinda dos investimentos ou sonhos que demandam quantias mais altas.
Tipos de investimento que ajudam a estruturar metas
- Renda fixa (Tesouro Selic, CDBs): previsibilidade e construção de reserva.
- Renda variável (ações, ETFs): objetivos de médio/longo prazo com maior potencial de retorno. Aqui também entram as criptomoedas*, um mercado que cresce cada vez mais e que precisa ser acompanhado em tempo real.
- Fundos imobiliários: renda recorrente e diversificação.
- Previdência privada: planejamento de longo prazo.
*Para indicar que o valor da moeda digital está em real, a sigla da cripto fica na frente das letras BRL, por exemplo: BTC/BRL (indica um bitcoin em real).
Começando a traçar minhas metas: no que devo me basear?
Em primeiro lugar, seu histórico financeiro. Calcule sua renda média mensal; gastos fixos e variáveis; se você possui alguma dívida, entenda quanto da sua receita futura já está comprometida; quanto do seu dinheiro mensal você pode transformar em investimento e outros detalhes individuais de cada um.
Pergunte-se, baseado nesses dados que você organizou: quanto realmente cabe no mês e quais gastos podem ser ajustados para seguir suas metas, sem sacrificar qualidade de vida?
Avalie seu perfil de risco e respeite seu momento de vida. Você não precisa se pressionar para investir grandes quantidades de cara; o Me Poupe!, por exemplo, ensina a investir com pouco dinheiro.
Um dos erros mais comuns é querer realizar tudo ao mesmo tempo. Dividir por prazos dá clareza, organização e direciona o tipo de esforço e investimento que cada meta exige. Pense grande, mas tenha um plano.

