Gripe K: Primeiro caso da doença ASSUSTA, mas já tem vacina disponível

SALESóPOLIS, SP — A notícia da confirmação do primeiro caso de Gripe K no Brasil acendeu um alerta nas autoridades de saúde e na população. Identificada originalmente em outros continentes, a variante chegou ao país através de um caso importado no Pará, trazendo dúvidas sobre o risco de um novo surto.

gripe
Gripe K: Primeiro caso da doença ASSUSTA, mas já tem vacina disponível
(Foto: Freepik)

Mas afinal, o que é a Gripe K? Ela é mais perigosa que a gripe comum? E a pergunta mais importante: estamos protegidos? Confira tudo o que você precisa saber para se prevenir.

O que é a Gripe K?

A chamada “Gripe K” não é um vírus totalmente novo, mas sim um subclado (uma variação genética) do vírus Influenza A (H3N2), tecnicamente denominado J.2.4.1.

Embora o nome possa assustar, mutações no vírus da gripe são comuns e esperadas. A variante K chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) por sua rápida disseminação na Europa e na Ásia, o que exige um monitoramento rigoroso da vigilância genômica.

Sintomas da Gripe K: Como identificar?

Os sintomas da Gripe K são praticamente idênticos aos de outras variantes da Influenza. O quadro costuma ser súbito e inclui:

  • Febre alta (geralmente acima de 38°C);
  • Tosse seca e dor de garganta;
  • Dores intensas no corpo e nas articulações;
  • Dor de cabeça e fadiga extrema;
  • Coriza ou nariz entupido.

Atenção: Em grupos de risco (idosos, crianças e pessoas com comorbidades), a doença pode evoluir para complicações como a pneumonia. Se sentir falta de ar ou piora rápida do quadro, procure atendimento médico imediatamente.

A vacina atual protege contra a Gripe K?

Sim. De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Fiocruz, a vacina contra a gripe disponível atualmente no Brasil (tanto no SUS quanto na rede privada) oferece proteção contra casos graves e hospitalizações causados pelo H3N2, a família da variante K.

Mesmo que o vírus tenha sofrido uma mutação, o sistema imunológico de quem está vacinado reconhece partes da estrutura viral, o que evita que a doença se torne fatal.

Para 2026, a OMS já planeja atualizações nas cepas para garantir uma eficácia ainda mais específica contra esse subclado.

Como se prevenir e evitar a transmissão?

Como o caso registrado no Brasil foi importado, ainda não há evidências de transmissão local sustentada. No entanto, com as festas de fim de ano e o aumento das viagens, os cuidados devem ser redobrados:

  1. Vacine-se: Se você ainda não tomou a dose deste ano, procure um posto de saúde.
  2. Higiene das mãos: Use água e sabão ou álcool em gel constantemente.
  3. Ambientes ventilados: Evite aglomerações em locais fechados e mantenha janelas abertas.
  4. Uso de máscara: Recomendado para pessoas com sintomas respiratórios para evitar o contágio de terceiros.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com