SALESóPOLIS, SP — A mais recente edição da IBGE — divulgada em 3 de dezembro de 2025 — revela que, no Brasil, mulheres continuam ganhando significativamente menos que homens. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), a remuneração média feminina equivale a menos de 80% da média masculina.

(Foto: I.A/Sora)
O quadro da desigualdade
- A desigualdade salarial persiste mesmo com a entrada crescente de mulheres no mercado de trabalho.
- Recentes dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) confirmam uma diferença relevante: em empresas com 100 ou mais funcionários, mulheres recebem em média 21,2% menos que homens.
- Isso significa, na prática, que — mesmo em ocupações formais — funções equivalentes pagam menos quando exercidas por mulheres.
🧮 Por que essa disparidade persiste
Especialistas apontam para vários fatores estruturais que mantêm a desigualdade:
- A segregação ocupacional: muitos empregos tradicionalmente ocupados por mulheres têm remuneração menor.
- Barreiras no acesso a posições de comando ou com melhores salários: mulheres tendem a estar sub-representadas nos níveis gerenciais.
- Diferenças adicionais por raça e cor: mulheres negras sofrem desigualdades ainda maiores em pagamento, comparadas a homens não negros.
⚠️ Consequências sociais do baixo salário das mulheres
Essa disparidade afeta diretamente a autonomia econômica das mulheres, sua qualidade de vida e perpetua ciclos de desigualdade social.
Também reduz o potencial econômico do país — já que, com salários iguais, a economia teria uma injeção maior de renda, ampliando consumo e investimento.
Além disso, a persistência dessa desigualdade denuncia falhas de políticas públicas e culturais, evidenciando a necessidade urgente de ações para promover equidade salarial.
✅ O que muda: leis e pressão por igualdade
Em 2023, foi sancionada a Lei 14.611/2023, que exige transparência salarial e igualdade de critérios remuneratórios para trabalhadores de igual função.
Mesmo assim, os dados de 2025 mostram que a desigualdade salarial permanece forte — o que reforça a urgência de fiscalizações, conscientização e compromisso real das empresas com a igualdade de gênero.

