Um estudo inédito do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) confirma cientificamente o que milhões de famílias já sentem na prática. Ele mostra que o Bolsa Família não apenas combate a fome, mas transforma o futuro de quem passa pelo programa.
A pesquisa mostra que jovens beneficiários:
- Têm maior escolaridade;
- Melhores chances de emprego;
- Menos dependência dos programas sociais ao chegar à vida adulta.
Os dados foram divulgados no Boletim Avalia MDS nº 10 (outubro/2025), com análises longitudinais sobre a trajetória de jovens atendidos desde a infância.
Jovens estudam mais e abandonam menos a escola
O estudo comprova que o Bolsa Família tem impacto direto na permanência na escola — um dos principais fatores de superação da pobreza.
Entre os beneficiários avaliados, a chance de concluir o ensino médio foi 21% maior em comparação com jovens que não participaram do programa.

No caso das mulheres, o avanço foi ainda mais expressivo:
- Aumento de 35,3% na conclusão do ensino médio
- Maior permanência na escola
- Redução de trajetórias de evasão precoce
Além disso, o levantamento aponta que o cumprimento das condicionalidades foi decisivo para esses resultados. Entre elas, há o destaque para frequência escolar e acompanhamento de saúde.
Famílias monitoradas apresentaram mais de 90% de taxa de frequência escolar, impactando diretamente o desempenho educacional dos filhos.
O Bolsa Família também influencia no emprego formal
O impacto não se limita à infância. Afinal, ele se prolonga até a vida profissional.
Ao atingir a fase adulta, jovens que passaram pelo programa apresentaram, por exemplo:
- Crescimento de 12% na probabilidade de ingresso no emprego formal
- Redução da informalidade
- Maior estabilidade no mercado de trabalho
Esses dados indicam que o programa não apenas auxilia o presente, mas cria condições reais para um futuro mais estável e independente.
Para mulheres beneficiárias, o efeito foi ainda mais nítido, uma vez que trouxe:
- Mais acesso a empregos formais
- Menor permanência no programa ao atingir a renda mínima
- Maior ascensão socioeconômica ao longo do tempo
Menos tempo no Bolsa Família, mais autonomia
Outro destaque importante do estudo envolve o tempo de permanência no Cadastro Único. A análise, inclusive, mostrou que jovens que concluíram o ensino médio:
- Saíram mais cedo do programa
- Tiveram aumento consistente de renda
- Apresentaram redução média de 8% no tempo de permanência como beneficiários
Isso reforça que o Bolsa Família é temporário por natureza. Ele atua como um suporte enquanto as famílias constroem autonomia econômica.
Mulheres cumpridoras das condicionalidades também apresentaram redução de até 21,2% no tempo de permanência no programa.

Pandemia interrompeu parte dos avanços
A pandemia da Covid-19 afetou diretamente os indicadores sociais.
Em 2020:
- Apenas 20% dos jovens da amostra haviam deixado o Cadastro Único
Em 2024:
- O número subiu para 63%
Apesar da retomada, o impacto do desemprego, da evasão escolar e da informalidade provocou atrasos na mobilidade social de milhares de famílias.
Ainda assim, os dados mostram recuperação progressiva.
O Bolsa Família não cria dependência, por outro lado, gera oportunidades. O estudo deixa claro que:
- Educação gera autonomia
- Renda formal rompe ciclos de pobreza
- Condicionalidades corretamente aplicadas funcionam
- O programa é porta de saída, não armadilha social
Investir em políticas sociais bem estruturadas é investir em um Brasil mais justo, produtivo e preparado para o futuro.
Por fim, o que os dados mostram é simples: o Bolsa Família muda trajetórias, destinos e transforma vidas.

