O debate sobre o possível retorno do horário de verão voltou a ganhar força em 2025. Apesar das especulações, o governo federal ainda não confirmou a retomada da medida, suspensa em 2019.
Mesmo assim, a discussão reacende dúvidas práticas. Afinal, se o adiantamento de uma hora realmente voltar a valer, como ficariam bancos, escolas e serviços públicos? É isso que vamos ver neste artigo.
O Brasil não adota horário de verão desde 2019
Em 2019, o governo decidiu interromper o horário de verão depois que estudos apontaram uma economia de energia cada vez menor.
Na prática, lâmpadas LED, eletrodomésticos mais eficientes e o uso crescente de ar-condicionado reduziram o efeito da medida. Portanto, manter o relógio adiantado já não oferecia benefícios expressivos.
Em 2025, o assunto voltou à mídia por causa da pressão de setores do comércio e do turismo. No entanto, a Secretaria de Comunicação reforçou que nenhuma decisão oficial saiu do papel.
Além disso, a Câmara dos Deputados discute um projeto que pretende proibir definitivamente a prática. Mesmo com essa indefinição, especialistas passaram a analisar os possíveis desdobramentos caso a mudança aconteça.
Como o horário de verão afetaria bancos em 2025?
Se o horário de verão retornar, os bancos precisarão ajustar rapidamente o funcionamento das agências. Como consequência, os horários de atendimento podem começar parecer mais cedo para a população.
Cada instituição, inclusive, terá de alinhar sua operação às diferentes regiões do país, já que nem todos os estados costumam aderir à alteração do relógio.
Os sistemas internos também exigem atenção. Compensações, liquidações e prazos de corte para pagamentos dependem de janelas fixas. Portanto, qualquer alteração na hora impacta rotinas automatizadas.
Por isso, os bancos precisariam revisar fluxos, reprogramar servidores e comunicar amplamente as mudanças para evitar confusão entre os clientes.

Escolas e universidades enfrentariam ajustes imediatos
O setor educacional costuma sentir o impacto de forma mais intensa. Se a mudança ocorrer, muitos alunos do turno da manhã chegarão à escola antes do amanhecer, o que afeta segurança, transporte e rotina das famílias.
Além disso, o adiantamento altera o ciclo de sono dos estudantes, o que reduz atenção e desempenho nos primeiros dias.
As instituições também precisam reorganizar atividades esportivas, aulas extras e cursos que acontecem no fim da tarde. Com menos luz natural no encerramento das atividades, a logística passa por adaptações.
De modo geral, gestores pedagógicos esperam uma fase de transição até que professores, alunos e pais se ajustem ao novo horário.
Serviços públicos demandariam reprogramação completa
Órgãos como INSS, Detran, Receita Federal e cartórios também precisariam reestruturar os horários. Agendamentos, senhas e janelas de atendimento mudariam de forma imediata.
Além disso, serviços que funcionam em âmbito nacional — como sistemas de autenticação, processamento de dados e emissão de documentos — dependem de sincronização. Qualquer atraso no ajuste dos relógios internos pode gerar instabilidade.
O transporte público seguiria a mesma lógica. Tabelas de ônibus, metrô e trens teriam de ser atualizadas, o que exige comunicação clara com os usuários. Hospitais, UPAs e unidades de saúde, por sua vez, revisariam escalas de plantão para evitar desencontros.
Embora o governo ainda não tenha confirmado o retorno do horário de verão, o debate de 2025 dá uma prévia. E assim, mostra que uma eventual mudança exigiria reorganização imediata de bancos, escolas e serviços públicos.
Como o Brasil não adianta o relógio desde 2019, qualquer retomada envolve ajustes operacionais e comunicacionais. Enquanto a decisão não acontece, especialistas continuam avaliando cenários e preparando projeções sobre o tema.

