A aprovação de uma nova lei que determina o enterramento de fios aéreos começa a ganhar força em diversas cidades do país. A iniciativa, que já está em andamento em municípios como Guarujá (SP) e São Paulo (SP), promete reorganizar ruas, reduzir riscos e transformar a paisagem urbana.
Além disso, especialistas afirmam que a medida pode inaugurar um novo ciclo de modernização nas capitais e regiões metropolitanas.
O que muda com a lei que enterra fios aéreos?
A nova lei estabelece que concessionárias e empresas de telecomunicação deixem de usar postes e migrem progressivamente para redes subterrâneas.
Assim, cabos de energia, telefonia, internet e TV a cabo deverão ser instalados no subsolo ao longo dos próximos anos.
O objetivo principal é eliminar o excesso de fios expostos, que atualmente formam verdadeiros “ninhos” em postes urbanos.
Esses cabos acumulados, aliás, causam riscos de acidentes, quedas em dias de tempestade e interrupções constantes. Contudo, com a infraestrutura subterrânea, a chance de falhas diminui consideravelmente.
Além disso, a mudança afeta a estética urbana. Ruas com fiação aérea poluída visualmente tendem a parecer mais antigas e desorganizadas.
Já a fiação subterrânea deixa calçadas mais limpas e melhora a valorização dos imóveis ao redor.
Em cidades como Guarujá, o prazo para execução vai de 2 a 5 anos, enquanto outras capitais deverão definir cronogramas específicos.
A transição inclui também a fiscalização municipal e a obrigatoriedade de que as empresas retirem fios abandonados.

Quais são os impactos para a população?
O primeiro impacto aparece no visual das cidades. Ruas sem postes lotados de fios ganham mais harmonia, além de se tornarem mais seguras.
Isso acontece porque, sem cabos expostos, diminui o risco de curto-circuitos, incêndios ou acidentes envolvendo pedestres e veículos.
Além disso, a rede subterrânea tende a ser mais estável. Ela sofre menos impactos climáticos, como ventos fortes, quedas de árvores ou descargas elétricas.
Por essa razão, interrupções no fornecimento de energia e internet devem se tornar menos frequentes.
Porém, esse avanço exige obras extensas. As escavações podem provocar interdições temporárias nos centros comerciais e em bairros movimentados.
Mesmo assim, especialistas destacam que os benefícios a longo prazo superam o período de ajustes.
Outro ponto importante é o custo. A instalação subterrânea pode custar até dez vezes mais que a aérea, mas o investimento é compensado pela menor necessidade de manutenção futura.
Por que a modernização é considerada urgente?
As cidades brasileiras convivem há décadas com fiações improvisadas e acúmulo de cabos abandonados. Esse cenário gera poluição visual, compromete a mobilidade e aumenta riscos de acidentes.
Além disso, com o crescimento das redes de fibra óptica, o número de fios nos postes quase triplicou nos últimos anos.
Assim, o enterramento passa a ser visto como uma etapa essencial para a transição a cidades mais inteligentes.
Com isso, abre-se espaço para novas tecnologias, como postes multifuncionais, iluminação inteligente e internet pública integrada.
A lei que obriga o enterramento de fios aéreos avança como um divisor de águas para a infraestrutura urbana brasileira.
Embora cause obras e custos iniciais elevados, ela deve transformar centros urbanos, melhorar a mobilidade, reduzir riscos e valorizar áreas inteiras das cidades. A expectativa é que, nos próximos anos, cada vez mais municípios adotem o modelo, acelerando a modernização das ruas brasileiras.

