Internet de graça: Lista de aparelhos compatíveis com a Starlink

SALESóPOLIS, SP — A tecnologia de internet via satélite da Starlink vem ganhando destaque internacional. A proposta é permitir que smartphones se conectem diretamente aos satélites — em especial em regiões remotas ou com cobertura de rede móvel inexistente.

internet de graça
Internet de graça: Lista de aparelhos compatíveis com a Starlink
(Foto: I.A/Sora)

No Brasil, ainda há questões regulatórias e operacionais a serem resolvidas, mas a expectativa de “internet grátis” ou de pelo menos “conectividade emergencial” acende o interesse dos usuários.

Como funciona a “internet grátis” da Starlink para celulares

Abaixo, os principais pontos para entender o funcionamento.

Tecnologia e mecanismo

  • A Starlink opera com satélites em órbita baixa da Terra (LEO – Low Earth Orbit) para oferecer conectividade em locais sem infraestrutura terrestre adequada.
  • Um dos serviços é o chamado Direct to Cell (D2C) — que possibilita que smartphones façam conexão direta com os satélites sem precisar de antenas externas especializadas.
  • A ideia é que, quando o aparelho não encontrar nenhum sinal de torres terrestres da operadora, ele “caia” automaticamente para a rede satelital da Starlink/operadora parceira. 

O que “gratuito” significa (e o que de fato oferece)

  • Inicialmente, o serviço gratuito via satélite não tem a previsibilidade de internet 4G/5G convencional. Ele pode se limitar a envio de mensagens de texto (SMS), localização, serviços de emergência;
  • Em alguns relatos, já há expansão para dados móveis (internet) em fase de testes ou futuras versões;
  • Portanto, “internet grátis” não significa necessariamente navegação completa e livre como em uma rede normal — especialmente nesta fase inicial.

Requisitos básicos para conseguir se conectar a Starlink

Para que o smartphone funcione com esse tipo de rede:

  • Deve ser compatível com a tecnologia LTE/5G e com as funcionalidades necessárias para D2C.
  • Sistema operacional atualizado — Android ou iOS.
  • Visão desobstruída para o céu ou ambiente onde o sinal do satélite possa se estabelecer (menos obstáculos, como edifícios altos ou árvores densas). 
  • No caso do Brasil, aguardar a autorização da operadora local e da agência reguladora (no caso, Anatel) para que o serviço seja comercializado ou liberado. 

Lista de aparelhos compatíveis ou em vias de compatibilidade

A seguir, uma seleção dos modelos que já são apontados como compatíveis ou com possibilidade de suporte à conexão via Starlink (D2C). Como o serviço pode variar conforme país e operadora, sempre confira com a operadora local ou o fabricante.

Exemplos de aparelhos compatíveis

  • Apple – iPhone 14 e posteriores (incluindo variantes Plus, Pro, Pro Max) são citados em algumas listas.
  • Google – Google Pixel 9 (e posteriores) aparecem como compatíveis.
  • Samsung – Algumas linhas como Galaxy A14, A35, A53 e posteriores, Galaxy S21 e posteriores (incluindo S21 Ultra, S22, S23, etc) e linhas dobráveis (Fold/Flip) também aparecem. 
  • Motorola – Modelos lançados a partir de 2024 (como linhas Edge, Razr, Moto G) têm menção como “capacitados” para o futuro suporte. 

Importante: contexto de Brasil

  • No Brasil, ainda não há comercialização oficial ampla confirmada para este serviço de internet via satélite para celulares da Starlink. 
  • Mesmo que o aparelho seja compatível, será preciso que a operadora local firme parceria com a Starlink e que haja autorização regulatória. 
  • Assim, possuir um dos aparelhos acima não garante automaticamente que você terá “internet grátis” via Starlink agora — mas o coloca em condição de compatibilidade futura.

Cuidados, limitações e o que esperar

Antes de se animar com a promessa de “internet grátis”, vale considerar alguns pontos:

  • A cobertura ainda é restrita: em muitos países o serviço está em fase de lançamento ou testes, e a concessão/regulação ainda é pendente em muitos mercados.
  • Funcionalidade limitada: inicialmente, envio de SMS e localização são mais seguros que navegação livre. Velocidade e latência podem ser inferiores às redes móveis normais. 
  • Obstáculos físicos: edifícios altos, densa vegetação, até condições climáticas adversas podem afetar a conectividade.
  • Consumo de bateria: conectar-se a satélites pode demandar mais do aparelho, o que pode reduzir autonomia.
  • Não substitui rede 4G/5G tradicional (ao menos por enquanto): a intenção é complementar — especialmente em regiões onde não há cobertura. 

Situação no Brasil: o que você precisa saber

  • A agência reguladora Anatel ainda avalia as condições para que o serviço seja liberado comercialmente no país.
  • Há reportagens de que, no Brasil, alguns aparelhos podem ser compatíveis, mas não há data oficial para liberação ou qual operadora brasileira irá operar em parceria.
  • Ou seja: se você está no Brasil e quer “internet grátis” via Starlink no celular, a realidade é: aguardar. Mas estar com um aparelho compatível hoje já é prepara-ção para quando o serviço for liberado.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com