Starlink: veja a lista de celulares no Brasil que já têm internet de graça

A Starlink está ampliando a conectividade global ao permitir que celulares se conectem diretamente a satélites em órbita baixa. Essa evolução busca preencher as zonas mortas, locais onde o sinal das operadoras móveis não chega, garantindo acesso mínimo à comunicação.

Contudo, é importante destacar que essa tecnologia não substitui o 4G ou 5G usado nas capitais e grandes cidades.

Ela foi pensada, principalmente, para situações de emergência ou para quem se desloca por estradas, áreas rurais e regiões isoladas.

Quais celulares são compatíveis com a internet da Starlink?

O sistema Direct to Cell utiliza o mesmo protocolo LTE presente nos smartphones atuais.

Isso significa que não será preciso trocar de aparelho ou instalar antenas externas. Ainda assim, existem fatores que influenciam o funcionamento:

  1. A operadora local precisa habilitar o serviço.
  2. Cada modelo recebe suporte gradual a texto, MMS e dados.

A T-Mobile, principal parceira da Starlink nos Estados Unidos, mantém uma lista atualizada com centenas de modelos compatíveis. A relação inclui:

  • Apple: iPhone 13 em diante
  • Samsung: Galaxy A14 até Galaxy S25, além das linhas Z Flip e Fold
  • Google Pixel: séries Pixel 9 e Pixel 10
  • Motorola: lançamentos de 2024 para frente

Portanto, quando houver parceria no Brasil, esses mesmos aparelhos, que já estão no país, devem funcionar sem modificações.

Além disso, a Starlink reforça que o usuário deve consultar a lista oficial da operadora parceira no momento do lançamento comercial.

Uma pessoa com o celular no campo conectando na internet da Starlink
Starlink: veja a lista de celulares no Brasil ─ Imagem: Geração/FDR

Como funciona a conexão da Starlink no celular?

Quando o smartphone perde completamente o sinal terrestre, ele automaticamente tenta conectar aos satélites da Starlink. Nesse instante, surgem indicadores como:

  • “T-Mobile SpaceX” ou “T-Sat+Starlink” em aparelhos Android
  • “SAT” ao lado das barras de conexão no iPhone

O serviço já opera com:

  • mensagens de texto
  • MMS em parte dos aparelhos Android
  • compartilhamento de localização
  • mensagens de emergência

Além disso, dados móveis vêm sendo habilitados progressivamente, permitindo o funcionamento de aplicativos essenciais como WhatsApp, Google Maps, AllTrails, AccuWeather e X.

Por outro lado, a estabilidade depende de visão livre para o céu e a latência tende a ser maior do que em redes móveis tradicionais.

Quais são os benefícios do Direct to Cell para o usuário comum?

A Starlink transforma satélites em torres de celular no espaço. Dessa forma, garante conectividade mínima onde a infraestrutura terrestre ainda não existe.
Nesse cenário, os principais benefícios incluem:

  • inclusão digital em regiões isoladas
  • comunicação durante trilhas e viagens de longa distância
  • reforço a operações de resgate
  • continuidade mínima de comunicação em desastres naturais

Além disso, a autorização para operar com potência maior, concedida pela FCC nos Estados Unidos, deve melhorar a velocidade e a estabilidade da conexão de dados.

Project 10Million: inclusão digital que complementa a Starlink

A Starlink avança na cobertura global, porém a inclusão digital não depende apenas de infraestrutura espacial. Um exemplo relevante dessa combinação entre cobertura e acessibilidade é o Project 10Million, da T-Mobile.

Uma pessoa usando o celular para conectar na Starlink
Imagem: Geração/FDR

O programa leva internet gratuita a estudantes K-12 de baixa renda nos Estados Unidos. Ele oferece um hotspot gratuito por residência e 200 GB anuais por até cinco anos.

Como resultado, mais de 6,3 milhões de estudantes já se conectaram a recursos educacionais que antes eram inacessíveis.

Portanto, quando soluções via satélite se ampliarem globalmente, iniciativas como essa poderão alcançar áreas que hoje continuam desconectadas.

Starlink no Brasil: já funciona no celular?

Ainda não.

O site da Starlink apresenta a funcionalidade como disponível. Entretanto, a oferta comercial no país depende de uma parceria com operadoras brasileiras, pois o sistema precisa ser integrado às redes móveis locais.

Parcerias existentes no mundo:

País Operadora parceira
Estados Unidos T-Mobile
Austrália Optus e Telstra
Canadá Rogers
Brasil Em negociação

A Anatel, por sua vez, já discute regras específicas para habilitar a tecnologia, inclusive com foco em segurança e uso do espectro.

Ou seja, a tecnologia está pronta, mas o lançamento no Brasil ainda depende de decisões regulatórias e comerciais.

O que preciso fazer para usar?

Nada.

Quando a operadora habilitar o serviço, a conexão será ativada automaticamente sempre que o celular estiver fora da área com sinal terrestre. Sendo assim, basta manter:

  • Android ou iOS atualizados
  • visão do céu sem obstruções
  • aparelho compatível

Quanto de velocidade posso esperar?

A internet fixa da Starlink já ultrapassa 100 Mbps em diversos locais. Contudo, o Direct to Cell não busca competir com redes 4G ou 5G.

O foco é simples: garantir que o usuário nunca fique completamente sem comunicação.

Ainda assim, a tendência é que o desempenho melhore gradualmente à medida que a constelação cresce e novos satélites são lançados.

Imagem de um home com iPhone 17 no meio da mata
Imagem: Geração/FDR

A comunicação direta com satélites representa um avanço significativo.

Cada novo país autorizado e cada parceria firmada aproxima o mundo de uma realidade em que nenhuma área fica totalmente isolada.

Dessa maneira, a internet pelo céu se torna uma solução complementar às redes móveis já existentes.

Quando o Brasil confirmar a primeira operadora parceira, a cobertura nacional ganhará um salto histórico em conectividade, segurança e desenvolvimento social.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.