Vibe coding: o que é, como funciona e como começar a programar com IA

O vibe coding é uma nova forma de programar com a ajuda de inteligência artificial generativa.

Assim, em vez de escrever cada linha de código manualmente, o desenvolvedor descreve o que quer em linguagem natural e a IA cria o código correspondente.

Essa abordagem ganhou força em 2025, após ser citada pelo pesquisador Andrej Karpathy. Desde então, passou a ser vista como uma evolução do desenvolvimento digital, onde o foco está mais em ideias e lógica do produto.

O objetivo, contudo, não é eliminar profissionais de tecnologia. O vibe coding reduz a carga repetitiva e aumenta o tempo para decisões mais estratégicas, como arquitetura e experiência do usuário.

Como o vibe coding funciona na prática?

A dinâmica pode ser resumida em quatro passos:

Um programador sentado no escritório fazendo Vibe coding
Vibe coding ─ Imagem: Geração/FDR
  1. Descrever a funcionalidade desejada.
  2. IA gera o código automaticamente.
  3. O usuário testa e valida o resultado.
  4. O processo se repete até o funcionamento ideal.

Esse fluxo combina criatividade e automação e pode incluir desde front-end e APIs até testes, documentação e integração com serviços online.

Além disso, o desenvolvedor pode ajustar o estilo e otimizar o código conforme necessidade, mantendo controle sobre o resultado final.

Vibe coding vs No-code vs Low-code

Abordagem Como funciona Para quem serve Grau técnico
No-Code Construção sem código Empreendedores e iniciantes Muito baixo
Low-Code Componentes visuais + código Times de produto e empresas Médio
Vibe Coding Código gerado por IA Todos os níveis Variável

A diferença central está em que vibe coding gera código real.

Isso permite manter, versionar e evoluir o projeto com mais flexibilidade.

Quais são os benefícios do vibe coding?

Essa forma de desenvolver traz vantagens importantes, é possível destacar, por exemplo:

  • Mais produtividade: tarefas longas viram ciclos rápidos.
  • Menos repetição: a IA escreve a base estrutural.
  • Acesso a novos públicos: iniciantes conseguem prototipar.
  • Aprendizado acelerado: entendimento do código gerado cresce a cada interação.
  • Mais foco criativo: o esforço vai para solução de problemas e design de produto.

Isso, portanto, muda tanto a entrada quanto a rotina no mercado de tecnologia.

Ainda existem riscos e limitações

Apesar dos avanços, alguns pontos exigem cuidado no Vibe coding:

  • Código pode apresentar falhas ou vulnerabilidades.
  • Nem tudo gerado tem boa manutenção ou performance.
  • Conhecimento técnico continua necessário para revisar e corrigir.
  • Em projetos críticos, o modelo tradicional ainda domina.

O vibe coding exige uma postura ativa de curadoria e validação, não apenas aceitar o que a IA entrega.

Onde o vibe coding já está sendo adotado?

Em 2025, ele ganha espaço principalmente, em:

  • Startups criando MVPs mais rápidos
  • Profissionais autônomos desenvolvendo projetos sem equipe
  • Empresas buscando digitalização acelerada
  • Estudantes que desejam aprender programando

Para aplicações simples e médias, os resultados, de fato, já são bem competitivos.

Imagem ilustrativa de uma pessoa fazendo vibe coding
Vibe coding ─ Imagem: Geração/FDR

Como começar no vibe coding: passo a passo

Qualquer pessoa pode dar os primeiros passos. Aqui está um roteiro inicial simples:

1) Escolher uma ferramenta com IA

Boas opções atualmente:

  • ChatGPT com Projects
  • Cursor
  • GitHub Copilot
  • Replit com IA
  • Devin (restrito em alguns mercados)

O ideal é testar mais de uma para entender a dinâmica.

2) Criar um projeto pequeno

Sugestões de primeiros desafios:

  • Página pessoal com formulário de contato
  • Aplicativo de lista de tarefas
  • Sistema básico de login e cadastro

Quanto menor, mais rápido você enxerga evolução.

Um senhor conhecendo a Inteligência Artificial em seu notebook
Vibe coding: o que é, como funciona  ─ Imagem: Geração/FDR

3) Revisar sempre o código gerado

Analise estrutura, segurança e clareza.
Peça à IA explicações caso algo não pareça correto.

Essa etapa fortalece o aprendizado e evita erros futuros.

O vibe coding é o futuro da programação?

A tendência indica que sim.

A relação entre humano e software está migrando da digitação para a direção criativa. Isso não substitui engenheiros, mas os coloca em uma posição mais estratégica, resolvendo problemas de alto impacto.

O vibe coding representa um novo capítulo da tecnologia: mais acessível, mais rápido e centrado no que realmente importa — transformar ideias em projetos vivos.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.