Golpes profissionais no LinkedIn: saiba como criminosos estão se passando por recrutadores

As redes sociais profissionais, como o LinkedIn, de fato, podem ser uma vitrine de talentos e oportunidades. Porém, junto com o avanço das contratações online, também surgiram golpes cada vez mais convincentes.

Hoje, infelizmente, profissionais ficam expostos de falsas vagas a perfis de recrutadores clonados. Especialistas em cibersegurança alertam que o número de fraudes nesse ambiente cresceu de forma alarmante nos últimos dois anos.

Como funcionam os golpes no LinkedIn?

A estratégia dos golpistas é simples, mas extremamente eficaz. Eles criam perfis falsos, copiam fotos e cargos de profissionais reais e passam a oferecer vagas atrativas.

Em muitos casos, o suposto “recrutador” solicita que o candidato pague uma taxa para participar do processo seletivo ou para custear equipamentos de trabalho.

O resultado é sempre o mesmo: o dinheiro desaparece e a vítima perde contato.

Outros esquemas envolvem o envio de links para testes online, formulários de contratação ou até contratos falsos. Esses arquivos, na verdade, são iscas para coletar dados pessoais, instalar malwares ou acessar contas corporativas.

Em situações mais sofisticadas, os criminosos simulam processos completos de entrevista, com direito a reuniões por vídeo e documentos falsificados.

Um profissional vendo um Golpe em sua tela do LinkedIn
Golpes profissionais no LinkedIn ─ Imagem: Geração/FDR

Sinais de alerta que indicam possível golpe

Alguns detalhes ajudam a identificar quando há algo errado:

  • Perfis novos, com poucas conexões e histórico de trabalho inconsistente.
  • Mensagens genéricas, sem menção direta à empresa ou ao cargo.
  • Pedidos de pagamento, compra de equipamento ou envio de dados bancários.
  • E-mails fora do domínio corporativo, como Gmail ou Outlook, em vez de endereços institucionais.

Além disso, muitas ofertas fraudulentas prometem salários muito acima do mercado ou contratação imediata, sem exigência de currículo detalhado. São justamente essas facilidades que despertam o interesse das vítimas.

Qual é o efeito no mercado?

Esses ataques não afetam apenas candidatos. Empresas também são vítimas quando suas marcas são usadas por falsários para divulgar vagas inexistentes.

Em alguns casos, informações internas acabam vazando porque funcionários foram enganados por perfis falsos de colegas ou fornecedores. Este é um tipo de golpe conhecido como Business Email Compromise (BEC).

De acordo com relatórios recentes de agências de segurança digital, fraudes envolvendo LinkedIn e e-mails corporativos movimentam bilhões de dólares por ano em perdas globais.

Como se proteger nas redes profissionais?

A regra de ouro é desconfiar de qualquer proposta que envolva pagamento antecipado.

Verifique sempre o endereço de e-mail do recrutador, o site da empresa e se o cargo realmente existe no portal oficial.

Além disso, empresas devem adotar políticas internas de segurança. Com autenticação em dois fatores e treinamento para funcionários reconhecerem comunicações suspeitas.

Já os profissionais podem ajustar a visibilidade do perfil, evitar publicar dados sensíveis e denunciar mensagens fraudulentas diretamente à plataforma.

Em um ambiente cada vez mais digital, a reputação profissional virou alvo de golpes.

Por isso, atenção redobrada já que nem toda oportunidade é legítima e proteger sua identidade digital é o primeiro passo para manter sua carreira em segurança.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.