O altruísmo é a capacidade de ajudar os outros sem esperar nada em troca. Porém, quando isso passa do limite, pode ser prejudicial. Hoje vamos explicar o que é altruísmo, qual é o seu oposto e quais cuidados a psicologia indica.
Ajudar os outros é um gesto nobre, mas até a bondade precisa de equilíbrio. O altruísmo, conceito amplamente estudado pela psicologia, está diretamente ligado à empatia e à capacidade de colocar o outro em primeiro lugar.
Porém, quando essa entrega se torna excessiva, pode trazer consequências negativas para quem ajuda.
Veja o que a ciência diz sobre o altruísmo, qual é o seu oposto e como manter o equilíbrio emocional.
O que é altruísmo segundo a psicologia?
O altruísmo é definido como a preocupação genuína com o bem-estar do outro, mesmo que isso traga algum custo pessoal. É o ato de fazer o bem sem esperar recompensa.
Na psicologia, ele é visto como uma extensão da empatia, a habilidade de compreender e compartilhar sentimentos alheios.
Segundo o psicólogo Daniel Batson, o altruísmo verdadeiro nasce quando uma pessoa sente emoções empáticas autênticas, sem buscar aprovação social. Exemplos comuns incluem:
- Ajudar um desconhecido;
- Doar tempo para voluntariado;
- Apoiar um amigo em dificuldades.
Qual é o oposto do altruísmo? Egoísmo
O egoísmo é considerado o oposto direto do altruísmo. Ele aparece quando alguém prioriza apenas os próprios interesses, sem se importar com as necessidades dos outros.
Mas é importante destacar: nem todo egoísmo é negativo. Em muitos casos, colocar limites, dizer “não” e cuidar de si mesmo é uma forma de autopreservação emocional, não de frieza.
A psicologia diferencia o egoísmo saudável (baseado no autocuidado) do egoísmo nocivo (centrado na indiferença e na manipulação). O equilíbrio está em ajudar sem se anular.
Cuidados que a psicologia indica
O altruísmo é uma qualidade admirável, mas o excesso pode gerar sofrimento emocional. A psicologia aponta alguns riscos:
- Síndrome do salvador: quando a pessoa sente que precisa resolver os problemas de todos.
- Burnout emocional: desgaste mental por se doar mais do que pode.
- Falta de reciprocidade: quando o altruísta atrai pessoas que se aproveitam de sua boa vontade.
- Perda de identidade: quando o indivíduo mede seu valor apenas pelo quanto ajuda os outros.
Especialistas defendem o chamado “altruísmo equilibrado”, que é ajudar o outro, mas sem esquecer de si mesmo.
A psicologia positiva chama isso de autocompaixão equilibrada: cuidar, mas também se proteger.
O altruísmo é uma das bases da empatia humana, mas não deve significar sacrifício constante.
Ser generoso é essencial, desde que a generosidade não apague a própria voz.
Como reforçam os terapeutas humanistas, “ninguém pode derramar de um copo vazio”. Por isso, é preciso estar cheio de amor próprio para transbordar ao próximo.