A Uber está prestes a dar um salto literal no transporte urbano.
A partir de 2026, será possível reservar viagens de helicóptero e hidroavião diretamente pelo aplicativo.
A novidade é fruto de uma parceria entre a Uber e a Joby Aviation, empresa que recentemente comprou a Blade, líder em voos curtos de luxo.
O objetivo é transformar essa experiência em um primeiro passo rumo aos táxis aéreos elétricos (eVTOLs), prometendo mais agilidade, menos ruído e menor impacto ambiental.
O que muda com o novo serviço da Uber?
A integração vai permitir que usuários escolham o voo como se estivessem pedindo um UberX. Desse modo, basta abrir o app, selecionar a rota aérea disponível e realizar o pagamento no próprio sistema.
Essa nova etapa marca uma expansão da mobilidade aérea urbana, unindo conforto, tecnologia e sustentabilidade.
Segundo a Joby Aviation, o recurso chegará primeiro a regiões onde a Blade já atua, como Nova York e o sul da Europa.
- Modalidades disponíveis: helicópteros e hidroaviões.
- Pagamento: direto no app da Uber.
- Início previsto: 2026.
- Mercados iniciais: EUA e Europa.
Parceria estratégica: Uber, Joby e Blade
A iniciativa surgiu logo após a Joby Aviation adquirir o negócio de passageiros da Blade, em agosto de 2025.
Assim, a empresa herdou helipontos, equipes e rotas já em operação, acelerando sua entrada no mercado global.
A Uber, que já havia vendido seu projeto Uber Elevate à Joby anos antes, reconecta agora as duas marcas, desta vez, com um produto pronto para uso.
“A Blade oferece a base perfeita para preparar o público para os eVTOLs, que chegarão em breve”, afirmou a empresa em comunicado oficial.
Além da integração com helicópteros, a experiência deve se expandir para voos elétricos autônomos, que prometem custos menores e operação mais silenciosa.
Onde o serviço estará disponível primeiro?
Os voos da Uber Air começarão onde a Blade já possui infraestrutura. Isso, entretanto, inclui cidades com grande demanda por transporte rápido e alto poder aquisitivo:
- Nova York (EUA): rotas entre Manhattan e os aeroportos JFK e Newark.
- Riviera Francesa: conexões entre Nice, Cannes e Mônaco.
- Sul da Europa: destinos turísticos e rotas costeiras.
Com o tempo, a expectativa é que o serviço se estenda a Dubai, Londres, Tóquio e Los Angeles, conforme a homologação dos eVTOLs avance.
Quanto vai custar reservar um voo pela Uber?
Os preços ainda não foram divulgados oficialmente. No entanto, as tarifas atuais da Blade servem como referência: um voo de Manhattan até o aeroporto JFK custa cerca de US$ 195 por pessoa.
Apesar de caro, o público-alvo inicial é o segmento premium corporativo, que prioriza tempo e conveniência.
A longo prazo, com os táxis aéreos elétricos, a tendência é que os valores caiam progressivamente.
Quais os desafios para a Uber Air decolar?
Embora empolgante, o projeto enfrenta obstáculos importantes:
- Regulamentação: cada cidade tem leis diferentes sobre ruído, tráfego e segurança aérea.
- Infraestrutura: exige helipontos certificados e integração com transporte terrestre.
- Custo inicial: o serviço deve começar restrito a clientes de alto padrão.
- Aceitação pública: aeronaves elétricas ainda precisam conquistar confiança e certificação global.
Mesmo assim, especialistas veem a iniciativa como a base da mobilidade urbana aérea, um setor avaliado em mais de US$ 30 bilhões até 2030.
Qual é o futuro dos táxis aéreos (eVTOLs)?
O lançamento em 2026 é apenas o início.
Isso porque, a Joby já testa seus aviões elétricos de decolagem vertical (eVTOLs), capazes de voar até 320 km/h com autonomia de 160 km.
Essas aeronaves serão mais silenciosas e sustentáveis que helicópteros convencionais.
Quando aprovadas, então, substituirão gradualmente os voos da Blade, todos acessíveis pelo app da Uber.
Em poucos anos, o trajeto “Uber Air” poderá ser tão comum quanto o Uber Black.
A chegada da mobilidade aérea ao app da Uber mostra como a empresa quer liderar a transição para um transporte mais rápido e limpo.
Ao unir Joby e Blade, o plano cria um ecossistema pronto para o futuro dos eVTOLs.
Por enquanto, o sonho de pedir um helicóptero pelo celular ainda é luxo para poucos. Mas, se a promessa se cumprir, em breve o céu das grandes cidades estará tão movimentado quanto suas avenidas.