Muita gente se pergunta se escrever “por favor” ou “obrigado” em prompts para inteligência artificial (IA) gera algum impacto no bolso. A resposta é: sim, mas o custo é muito baixo para usuários individuais.
Nos serviços de API, onde a cobrança ocorre por tokens (as menores unidades de texto processadas pelo modelo), cada palavra adicional pesa minimamente.
Neste sentido, estudos estimam que frases curtas de cordialidade somam cerca de 10 a 15 tokens extras. Assim, traduzindo em valores: em mil interações, isso gera um custo de R$ 0,02 a R$ 0,40, dependendo do modelo.
Ou seja, para o usuário comum, o efeito no bolso é praticamente zero. Já em empresas que processam milhões de prompts por dia, a diferença pode chegar a milhões de reais anuais.
O que dizem os estudos sobre cordialidade com IA?
Pesquisas recentes mostram que a forma como pedimos importa.
- Quando os prompts são rudes ou hostis, os modelos tendem a gerar respostas mais curtas e menos úteis.
- Já um tom moderadamente educado aumenta a clareza e pode levar a respostas mais consistentes.
Porém, os cientistas ressaltam: ser educado não é suficiente. A clareza das instruções é o fator mais determinante. Prompts objetivos, que delimitam contexto e formato de saída, trazem mais ganhos do que um excesso de polidez.
Além disso, em alguns idiomas a diferença é mais perceptível do que em outros. No inglês, por exemplo, a variação entre rudeza e polidez foi mais marcada do que em japonês ou chinês.
É desperdício ou investimento?
Para o usuário individual, ser educado não gera impacto financeiro. Por outro lado, pode ajudar a manter a experiência mais fluida e até evitar frustrações com respostas mais quadradas.
No âmbito empresarial, claro, existe uma discussão sobre eficiência.
Grandes companhias que rodam milhões de prompts diariamente já avaliam reduzir a cordialidade automática. Mas o fim, é economizar milhões em custos de infraestrutura.
Ainda assim, especialistas defendem que, mesmo para IA, a linguagem molda o resultado.
Então, palavras de respeito funcionam como um sinal de cooperação.
Isso, em contextos de atendimento e educação, pode melhorar a interação e a confiança no uso da tecnologia.
Ser educado com a inteligência artificial não pesa no bolso da maioria dos usuários. Além disso, pode contribuir para respostas mais bem estruturadas e menos enviesadas.
Portanto, a melhor prática é unir polidez com clareza. Um “por favor” pode não mudar o custo, mas ajuda a manter a interação positiva. Algo tanto para a IA quanto para quem a utiliza diariamente.