WhatsApp: Brasil se torna alvo de novo vírus; alertam pesquisadores

O Brasil entrou no radar de um novo ataque cibernético. Pesquisadores da Trend Micro revelaram a descoberta do SORVEPOTEL, um malware que se propaga automaticamente pelo WhatsApp.

O vírus já soma quase 500 casos registrados, sendo mais de 95% em território brasileiro.

Diferente de outros ataques que buscam roubar dados ou aplicar golpes financeiros, esse malware tem outro foco. Ele visa principalmente, se espalhar em alta velocidade.

Assim, ele envia mensagens automáticas para todos os contatos e grupos do usuário infectado. Isso gera um efeito de “infecção em massa” e pode até levar ao bloqueio de contas pelo WhatsApp.

Como o vírus SORVEPOTEL se espalha pelo WhatsApp?

O ataque começa com uma mensagem de um contato já comprometido. Esse detalhe dá credibilidade ao golpe, já que a vítima acredita estar abrindo um arquivo legítimo.

O anexo, geralmente em formato ZIP, finge ser um documento de rotina, como um recibo ou até mesmo um aplicativo de saúde.

Whatsapp Web com vírus
Whatsapp ─ Imagem: Geração/FDR

Dentro dele, há um atalho disfarçado (arquivo .LNK) que, ao ser executado, roda um script em PowerShell. Esse comando baixa o vírus principal de um servidor remoto e instala o programa malicioso no computador.

Assim que encontra o WhatsApp Web ativo, o SORVEPOTEL envia automaticamente o arquivo para todos os contatos da vítima. Desse modo, ele multiplica a velocidade de propagação.

Quais os riscos para os brasileiros?

Embora até agora não haja sinais de roubo de dados ou cobrança de resgate, os danos são claros. As vítimas podem sofrer com:

  • Suspensão da conta no WhatsApp por envio massivo de spam.
  • Interrupção do trabalho em ambientes corporativos, já que os setores mais visados incluem governo, educação, tecnologia e manufatura.
  • Exposição a golpes futuros, pois o acesso remoto pode ser usado para instalar outros vírus no mesmo sistema.

O Brasil concentra 457 dos 477 casos confirmados, o que reforça a necessidade de atenção redobrada dos usuários.

Como se proteger do ataque?

Especialistas recomendam medidas simples que fazem diferença:

  • Desconfiar de arquivos ZIP recebidos pelo WhatsApp, mesmo vindos de contatos conhecidos.
  • Verificar se o arquivo contém extensões duplas ou suspeitas, como “recibo.lnk”.
  • Manter o antivírus atualizado e o Windows protegido com os últimos patches de segurança.
  • Evitar abrir links ou anexos fora de contextos claros e esperados.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.