A venda da Electronic Arts (EA Games) por US$ 55 bilhões surpreendeu o mercado global de games.
A negociação, anunciada em setembro de 2025, transformará a gigante em empresa privada.
Desse modo, ela inaugura uma nova fase sob controle de um consórcio liderado pelo fundo soberano da Arábia Saudita (PIF), ao lado da Silver Lake e da Affinity Partners.
Esse movimento coloca franquias de peso como FIFA/EA Sports FC, Battlefield e The Sims nas mãos de novos investidores.
Claro que levanta dúvidas sobre como será o futuro da publisher responsável por alguns dos jogos mais icônicos da história.
PIF: poder financeiro do Oriente Médio
O Public Investment Fund (PIF) é um dos maiores fundos soberanos do mundo, com ativos superiores a US$ 900 bilhões.
A Arábia Saudita tem usado o PIF como ferramenta estratégica para diversificar sua economia, apostando em setores de tecnologia, esportes e entretenimento.
A aquisição da EA, aliás segue a mesma lógica que já levou o país a investir em clubes de futebol e em empresas de e-sports.
Com participação majoritária, o PIF será o principal responsável por definir os rumos da EA Games. Isso, portanto, gera debates sobre influência política e cultural na indústria de jogos.
Silver Lake e Affinity Partners
A Silver Lake, gestora americana especializada em tecnologia, já tinha participação na EA e agora amplia seu poder de decisão.
Reconhecida por investimentos de longo prazo em gigantes digitais, a firma deve contribuir com experiência em inovação e reestruturação.
Já a Affinity Partners, fundo criado por Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, entra como investidora estratégica.
Apesar de menor, sua presença traz atenção política adicional ao negócio, especialmente nos EUA.
O que esperar da nova gestão da EA Games?
O consórcio pretende usar cerca de US$ 20 bilhões em dívidas para financiar a transação, o que pode influenciar decisões futuras
Analistas acreditam que haverá foco em rentabilidade e otimização de custos. Porém, também acreditam em uma expansão internacional, ainda mais no Oriente Médio e Ásia.
Para os jogadores, o impacto imediato deve ser mínimo. Contudo, no longo prazo, a nova gestão pode alterar a forma como franquias históricas são desenvolvidas e distribuídas.