O que significa quando você treme ao ver um bicho nojento? Ciência explica

Já aconteceu com você de ver, por exemplo, um rato ou lacraia se arrastando pelo chão, e em alguns segundos você se tremer da cabeça aos pés? Em alguns casos dá até aquela “paralisia” depois de ver um bicho nojento.

Muitas pessoas ─ inclusive, eu ─ relatam tremer por alguns segundos diante de animais considerados nojentos ou repulsivos.

Mas afinal, o que explica essa reação involuntária do corpo? Se você já sentiu isso, e não entendeu, fique por aqui, pois, explicamos logo abaixo!

O que acontece no cérebro ao ver um animal nojento?

De acordo com estudos em neurociência, emoções como medo e nojo ativam uma região chamada amígdala cerebral.

Essa área funciona como um “alarme” que dispara respostas automáticas de defesa. Mesmo que o animal não represente uma ameaça real, o cérebro interpreta sua presença como perigosa.

Imagem macro de um bicho nojento (uma lacraia)
O que significa quando você treme ao ver um bicho nojento? ─ Imagem: Reprodução/ Reddit

Essa ativação desencadeia a liberação de adrenalina e noradrenalina, hormônios que preparam o corpo para reagir em situações de risco.

É o famoso estado de luta ou fuga, responsável por sintomas como aceleração dos batimentos cardíacos, suor frio e, em muitos casos, tremores.

Por que o nojo provoca tremores?

O nojo evoluiu como uma emoção protetiva. Ele nos afasta de substâncias, ambientes e seres que poderiam transmitir doenças.

Animais como baratas e ratos, por exemplo, carregam esse estigma biológico. Quando sentimos nojo intenso, ocorre uma descarga muscular involuntária.

O corpo contrai rapidamente e depois libera a tensão, gerando o tremor por alguns segundos.

Pesquisadores como Paul Rozin destacam que o nojo não é apenas um sentimento psicológico. Se trata também de uma resposta física automática que ajuda na autopreservação.

É normal tremer ao ver um inseto?

Sim. Essa reação não indica doença, é só um reflexo natural do sistema nervoso.

No entanto, se o tremor ou a repulsa se tornarem muito intensos — a ponto de atrapalhar a vida diária —, pode se tratar de uma fobia específica.

Nesses casos, terapias de dessensibilização ou acompanhamento psicológico podem ajudar a reduzir o impacto.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.