Adeus horário de verão 2025: Governo já tem uma posição

O governo federal confirmou que o horário de verão não voltará em 2025.

A decisão se baseia em estudos do Ministério de Minas e Energia (MME) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Números apontam que a medida deixou de trazer benefícios significativos tanto para a economia de energia quanto para a qualidade de vida da população.

Como surgiu o horário de verão

O horário de verão foi criado para economizar energia elétrica, aproveitando melhor a luz natural do dia. A prática começou no Brasil em 1931 e teve diversas suspensões e retomadas ao longo das décadas.

A ideia principal sempre foi adiar o relógio em uma hora durante os meses mais quentes, reduzindo o consumo nos horários de pico, principalmente à noite.

Historicamente, estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste eram os beneficiados, pois registram maior incidência de luz solar ao longo do verão.
No entanto, mudanças nos padrões de consumo de energia e preocupações com saúde e produtividade da população têm levado o governo a revisar a efetividade da medida.

Por que o horário de verão não volta?

De acordo com o MME, os padrões de consumo de energia mudaram nos últimos anos.

Se antes a economia era perceptível no horário de pico, hoje o maior consumo acontece no período da tarde. Isso ocorre por conta do uso massivo de ar-condicionado em épocas de calor.

Imagem de uma manhã iluminada pelo sol. Um relógio dá a entender que estamos no horário de verão 2025
Horário de verão 2025 ─ Imagem: Geração/FDR

Este simples comportamento reduziu drasticamente a efetividade da mudança de relógio.

Além disso, os reservatórios de energia estão em níveis estáveis, afastando a necessidade de medidas emergenciais para poupar eletricidade.

Em outras palavras, o sistema elétrico brasileiro está em condições de atender a demanda sem recorrer ao adiantamento de horário.

Regiões do Brasil com horários diferentes

O Brasil possui diferentes fusos horários devido à sua grande extensão territorial. Enquanto a maior parte do país segue o horário de Brasília (UTC-3), estados do Acre e parte do Amazonas adotam horários menores, como UTC-4, para se alinhar com a posição do sol.

Essa diferença impacta voos, transmissões de TV e até comércio entre regiões. A variação também é um dos motivos pelos quais o horário de verão não é aplicado uniformemente em todo o país, evitando distorções no dia a dia de quem vive nas regiões ocidentais.

Como ficam as questões sociais e de saúde?

Outro ponto considerado é o impacto sobre a rotina e a saúde da população.

Pesquisas citadas pelo governo mostram que a mudança abrupta no relógio pode gerar problemas no ciclo do sono.

Na prática, afetaria trabalhadores, estudantes e até mesmo a produtividade nacional.

Alguns setores, como turismo e comércio, defendam o retorno da medida por acreditarem que o “dia mais longo” estimula a economia.

Por outro lado, estudos técnicos do governo concluíram que os ganhos financeiros são limitados diante dos efeitos negativos.

O que esperar para os próximos anos?

O MME destaca que a pauta segue em “avaliação permanente”, o que significa que a medida não está descartada para o futuro. No entanto, para 2025, a posição é clara: não haverá horário de verão.

Essa decisão reforça a tendência iniciada em 2019, quando a prática foi suspensa oficialmente no país.

Desse modo, os brasileiros devem se preparar para manter o relógio inalterado durante todo o próximo verão.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.