A conta de energia ficou mais pesada em setembro. A Aneel, inclusive, confirmou a bandeira vermelha patamar 2, o nível mais caro do sistema tarifário.
O adicional é de R$ 7,87 a cada 100 kWh, valor que afeta diretamente famílias de todas as rendas.
Por que a bandeira vermelha continua?
O cenário hídrico segue crítico. Os reservatórios estão abaixo da média, obrigando o acionamento de usinas térmicas.
Elas, porém, geram energia mais cara e poluente. Essa situação impede uma redução imediata do custo extra.
Quanto pesa no orçamento?
- Consumo médio de 200 kWh = acréscimo de R$ 15,74.
- Consumo médio de 300 kWh = acréscimo de R$ 23,61.
- Consumo médio de 400 kWh = acréscimo de R$ 31,48.
Para famílias de baixa renda, esse aumento compromete ainda mais o orçamento, já pressionado por transporte e alimentação.
Como ficam as expectativas para outubro?
No fim de setembro, a Aneel anunciará qual bandeira valerá em outubro.
Se o clima não favorecer a recuperação dos reservatórios, a bandeira vermelha 2 deve ser mantida.
A decisão, contudo, influencia também a inflação oficial (IPCA), que considera a energia como item de peso.
Como reduzir o impacto imediato?
Especialistas recomendam medidas simples de economia doméstica. Trocar lâmpadas incandescentes por LED, reduzir o tempo de banho elétrico e evitar deixar aparelhos em stand-by ajudam a cortar até 10% da conta.
Além disso, eletrodomésticos antigos consomem mais; avaliar a troca pode gerar economia no médio prazo.
Outra dica é monitorar o consumo pelo aplicativo da distribuidora. Muitas oferecem acompanhamento em tempo real, permitindo identificar picos de gasto e corrigir hábitos antes do fechamento da fatura.
De todo modo, o custo elevado da energia não pesa apenas no bolso das famílias.
Indústrias e comércios também veem suas despesas aumentarem, repassando parte do valor ao consumidor final. Esse movimento amplia a pressão inflacionária, sobretudo em setores como alimentação e serviços.
A manutenção da bandeira vermelha ainda alimenta debates sobre a matriz energética brasileira.
Embora o país seja líder em geração renovável, a dependência de chuvas expõe fragilidades que gera discussões sempre que os reservatórios estão em baixa.