Por que o Brasil não usa mais o horário de verão? Especialistas explicam

O horário de verão deixou de ser adotado no Brasil em 2019 e, desde então, não foi retomado.

A decisão ocorreu depois que estudos mostraram que a economia de energia, principal justificativa da medida, já não era significativa.

Além disso, pesquisas apontaram impactos negativos para a saúde da população. Mas afinal, por que o país não usa mais o horário de verão?

Queda da eficiência energética

Antes de tudo, esta é um solução para aproveitar melhor a luz do sol, o horário de verão tinha como objetivo reduzir o consumo no início da noite.

Porém, os padrões de uso de energia mudaram. Hoje, a demanda cresce no início da tarde, principalmente com o uso de ar-condicionado.

Com isso, a economia registrada passou a ser mínima, tornando o esforço de mudar os relógios pouco relevante para o sistema elétrico.

Qual é a relação do horário de verão com a saúde?

Outro ponto decisivo foram os estudos sobre o impacto da mudança de horário no organismo.

Especialistas mostraram que a alteração no ciclo biológico causa distúrbios do sono, estresse e até maior risco de problemas cardiovasculares.

Para parte da população, a adaptação era lenta e trazia prejuízos à produtividade e ao bem-estar.

Mudança no perfil energético

A matriz elétrica brasileira se diversificou nos últimos anos, com o crescimento da energia solar e eólica.

Essas fontes reduziram a dependência de ajustes como o horário de verão para garantir estabilidade no consumo.

Um relógio na pare de de casa ajustado para o Horário de verão
Horário de verão ─ Imagem: Geração/FDR

Assim, a combinação entre baixo impacto energético e prejuízos à saúde consolidou a decisão de suspender a prática.

É verdade que vai voltar o horário de verão em 2025?

Apesar dos rumores, não há confirmação oficial de que o horário de verão voltará em 2025. O Ministério de Minas e Energia informou que avalia periodicamente a necessidade da medida, mas, até o momento, não existe decisão para reativá-la.

O debate se intensifica em períodos de maior consumo, especialmente quando há risco de sobrecarga no sistema elétrico.

Setores como turismo e comércio defendem a volta, argumentando que a mudança aumenta o movimento em bares, restaurantes e hotéis. Já especialistas em saúde e energia lembram que os impactos negativos superam os ganhos.

Com os reservatórios das hidrelétricas em níveis satisfatórios e a expansão das fontes renováveis, o cenário atual não pressiona por alterações.

Assim, a tendência é que o Brasil siga sem horário de verão, a menos que ocorra uma crise energética que force o governo a reconsiderar.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.