O HSBC Private Bank anunciou o lançamento da plataforma Wealth Intelligence. Este é um ecossistema inovador que utiliza inteligência artificial generativa para apoiar seus clientes na gestão de patrimônio.
A novidade marca mais um passo da corrida tecnológica entre bancos globais, e encontra paralelo no Brasil, onde o Itaú também acelera projetos semelhantes.
A disputa reflete a tendência de digitalização no setor financeiro. Ou seja: oferecer recomendações personalizadas, mais rápidas e integradas, com base em dados internos e externos.
O que é a Wealth Intelligence do HSBC?
A plataforma Wealth Intelligence nasce para dar suporte a banqueiros privados, assessores de investimento e especialistas de produtos. Contudo, entre as funções iniciais, estão:
- Análise e sumarização de relatórios de pesquisa e notícias externas.
- Acesso rápido a relatórios internos do Chief Investment Office.
- Integração com mais de 10 mil fontes de dados.
- Planejamento futuro para sugerir produtos de investimento adequados e auxiliar na alocação de ativos.
O lançamento começou em Hong Kong e Singapura, mas há planos de expansão global. Para o HSBC, a meta é clara: oferecer insights em tempo real, aumentar a personalização e melhorar a experiência do cliente.
Itaú aposta em IA para investimentos no Brasil
No cenário nacional, o Itaú Unibanco já testa um agente de investimentos baseado em inteligência artificial generativa.
O projeto começou com 10 mil clientes Uniclass e Personnalité que não contam com assessoria humana.
A ferramenta responde perguntas, sugere produtos e organiza informações financeiras de forma conversacional.
No início, o escopo é limitado: cerca de 50 produtos, em especial de renda fixa e fundos. Mas a meta é expandir para ETFs, ações e títulos de terceiros.
Além disso, o Itaú vem aplicando IA em serviços transacionais, como pagamentos via Pix no WhatsApp, lembretes de compromissos financeiros e hiperpersonalização no seu superapp.
HSBC x Itaú: semelhanças e diferenças
Embora atuem em mercados distintos, HSBC e Itaú caminham em direções semelhantes. Ambos querem usar IA generativa para transformar o atendimento e o aconselhamento financeiro.
- Semelhança: personalização das recomendações e foco em clientes sem assessoria humana.
- Diferença: o HSBC aposta em escala global e integração de dados externos, enquanto o Itaú prioriza um rollout controlado no Brasil.
Essa abordagem mostra a diferença de maturidade: o HSBC mira clientes internacionais de alta renda, já o Itaú busca democratizar o acesso inicial à tecnologia.
Esse é o rumo da gestão de patrimônio?
A digitalização vem para mudar a forma como investidores lidam com bancos. A integração entre IA, análise de dados e experiência personalizada tende a se tornar padrão nos próximos anos.
No Brasil, o movimento do Itaú deve ser acompanhado por outros grandes bancos, que já experimentam soluções próprias de automação e IA.
A tendência, entretanto, aponta para um mercado onde a confiança e a transparência na recomendação automatizada serão tão importantes quanto os retornos financeiros.