Cinco bancos dominam a pesquisa em IA no setor financeiro global

A inteligência artificial (IA) se tornou uma das principais apostas do mercado financeiro.

Um levantamento global mostrou que apenas cinco bancos concentram cerca de 65% de toda a produção científica em IA aplicada a finanças.

Dessa forma, revela uma forte centralização no desenvolvimento de tecnologias que moldam o futuro do setor.

Quem são os líderes dessa corrida tecnológica?

O destaque absoluto é o JPMorgan Chase, que sozinho responde por 37% de toda a pesquisa bancária em IA.

Em seguida, aparece a Capital One, com cerca de 14%. Outros três gigantes completam a lista: Wells Fargo (5%), Royal Bank of Canada (RBC) (5%) e TD Bank (4%).

Esse grupo, apesar de pequeno, exerce enorme influência sobre como a IA será aplicada em crédito. Além da gestão de risco, atendimento ao cliente e até na criação de novos produtos.

Crescimento acelerado da produção científica

O estudo também revelou que, nos últimos cinco anos, a produção anual de pesquisas em IA bancária aumentou sete vezes.

Em 2019, apenas metade dos 50 maiores bancos do mundo publicava artigos sobre o tema. Agora, entretanto, esse número quase dobrou, com 46 instituições envolvidas.

Esse avanço mostra que, embora poucos concentrem a maior fatia, há uma tendência de ampliação do interesse no uso de IA no setor.

Da teoria à prática: casos concretos

A pesquisa não fica apenas no campo acadêmico. Há ligação direta entre os estudos publicados e os serviços lançados no mercado.

Ilustração de Bancos que dominam o setor de IA
Cinco bancos dominam a pesquisa em IA ─ Imagem: Geração/FDR
  • O RBC, por exemplo, utiliza o modelo ATOM para otimizar decisões de crédito.
  • A Capital One investe em sistemas multiagente, aplicados no atendimento digital e em soluções para clientes.

Essas iniciativas confirmam que os bancos que mais investem em pesquisa tendem a lançar produtos mais sofisticados. Com isso, criam uma vantagem competitiva sobre os demais.

O domínio de poucos bancos levanta preocupações. De um lado, a centralização pode acelerar a inovação e garantir produtos mais robustos.

Por outro, pode criar um cenário desigual, em que apenas grandes instituições controlam o ritmo e a direção da tecnologia no setor financeiro.

Além disso, surge a discussão regulatória: autoridades precisarão acompanhar de perto para evitar concentração excessiva e garantir que a IA seja usada de forma ética, transparente e segura.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.