A grande armadilha da IA: entenda os riscos do AI-washing em 2025

A inteligência artificial (IA), está transformando setores como finanças, direito e imobiliário. Porém, junto com as inovações, cresce uma preocupação: nem toda tecnologia vendida como IA realmente utiliza a tecnologia de forma legítima.

O fenômeno, conhecido como AI-washing, já gerou escândalos e expõe empresas a riscos regulatórios e de reputação.

O que é AI-washing e por que preocupa?

O termo descreve empresas que se vendem como “movidas por IA”, mas na prática entregam pouco ou nenhum recurso de inteligência artificial.

Um exemplo foi a Builder.ai, startup britânica avaliada em US$ 1,5 bilhão, que prometia criar aplicativos em minutos por meio de uma assistente virtual.

Investigações, entretanto, mostraram que o trabalho era feito por centenas de engenheiros humanos, sem a automação prometida.

Assim como aconteceu no boom das criptomoedas, com promessas exageradas e falta de regulação, a IA pode enfrentar um cenário de descrédito. Mas claro, apenas se práticas como essa se espalharem.

Quais são os riscos para setores regulados?

Em áreas como serviços financeiros, jurídicos e imobiliários, confiar em tecnologias sem base sólida pode gerar sérios problemas. Isso porque sistemas de IA usados para:

  • Verificação de identidade;
  • Análise de risco;
  • Due diligence e compliance;

Dessa forma, eles precisam ser explicáveis, auditáveis e alinhados às exigências regulatórias. Caso contrário, além da reputação, as empresas podem comprometer até suas licenças de operação.

Como adotar IA com confiança?

A decisão de investir em inteligência artificial deve se basear em evidências claras. Antes de fechar contrato, as empresas precisam questionar:

Uma pessoa utilizando IA com Realidade Aumentada
Imagem: Geração/FDR
  • A tecnologia é realmente explicável e auditável?
  • Cumpre as normas atuais e está preparada para futuras regulações?
  • O provedor possui experiência em mercados regulados?

Empresas como a SmartSearch defendem esse caminho. A companhia, que atua há mais de duas décadas em compliance digital, lançou o SmartDoc. Esta é uma solução que combina biometria, reconhecimento facial e detecção de fraude via IA, oferecendo resultados auditáveis e transparentes.

A inteligência artificial é um recurso poderoso quando usada com responsabilidade. Porém, confiar em promessas vazias pode gerar perdas financeiras e legais.

Em 2025, o desafio não é apenas adotar IA, mas garantir que ela seja confiável, transparente e regulatoriamente sólida.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.