A inteligência artificial (IA), está transformando setores como finanças, direito e imobiliário. Porém, junto com as inovações, cresce uma preocupação: nem toda tecnologia vendida como IA realmente utiliza a tecnologia de forma legítima.
O fenômeno, conhecido como AI-washing, já gerou escândalos e expõe empresas a riscos regulatórios e de reputação.
O que é AI-washing e por que preocupa?
O termo descreve empresas que se vendem como “movidas por IA”, mas na prática entregam pouco ou nenhum recurso de inteligência artificial.
Um exemplo foi a Builder.ai, startup britânica avaliada em US$ 1,5 bilhão, que prometia criar aplicativos em minutos por meio de uma assistente virtual.
Investigações, entretanto, mostraram que o trabalho era feito por centenas de engenheiros humanos, sem a automação prometida.
Assim como aconteceu no boom das criptomoedas, com promessas exageradas e falta de regulação, a IA pode enfrentar um cenário de descrédito. Mas claro, apenas se práticas como essa se espalharem.
Quais são os riscos para setores regulados?
Em áreas como serviços financeiros, jurídicos e imobiliários, confiar em tecnologias sem base sólida pode gerar sérios problemas. Isso porque sistemas de IA usados para:
- Verificação de identidade;
- Análise de risco;
- Due diligence e compliance;
Dessa forma, eles precisam ser explicáveis, auditáveis e alinhados às exigências regulatórias. Caso contrário, além da reputação, as empresas podem comprometer até suas licenças de operação.
Como adotar IA com confiança?
A decisão de investir em inteligência artificial deve se basear em evidências claras. Antes de fechar contrato, as empresas precisam questionar:
- A tecnologia é realmente explicável e auditável?
- Cumpre as normas atuais e está preparada para futuras regulações?
- O provedor possui experiência em mercados regulados?
Empresas como a SmartSearch defendem esse caminho. A companhia, que atua há mais de duas décadas em compliance digital, lançou o SmartDoc. Esta é uma solução que combina biometria, reconhecimento facial e detecção de fraude via IA, oferecendo resultados auditáveis e transparentes.
A inteligência artificial é um recurso poderoso quando usada com responsabilidade. Porém, confiar em promessas vazias pode gerar perdas financeiras e legais.
Em 2025, o desafio não é apenas adotar IA, mas garantir que ela seja confiável, transparente e regulatoriamente sólida.