SALESóPOLIS, SP — Neste ano foi descoberto um desvio bilionário no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio de descontos indevidos nos salários de aposentados e pensionistas. Um levantamento mostrou que o Instituto sabia desse roubo.

Segundo uma investigação recente divulgada pelo jornal Metrópoles, desde 2018 pelo menos quatro órgãos fiscalizadores notificaram o INSS sobre irregularidades em pensões.
Isso significa que as autoridades ligadas ao Instituto sabiam que os aposentados e pensionistas estavam pagando por algo irregular.
Primeira notificação sobre roubo do INSS aconteceu em 2018
Depoimentos dados durante a investigação mostraram que em 2018 o Ministério Público Federal havia alertado o INSS sobre os descontos nas contas dos aposentados e pensionistas.
Depois, em 2019, o Procon de São Paulo recebeu uma queixa de empresas que praticavam descontos abusivos realizados nos benefícios dos aposentados. A reclamação foi levada ao INSS pelo diretor-executivo do órgão fiscalizador, Fernando Capez.
Um documento mostra que o ex-presidente do INSS da época, Renato Vieira, e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, participaram da reunião que alertou sobre as fraudes.

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O que o INSS fez para bloquear os descontos indevidos?
Foi só em 2025 que o escândalo do INSS foi divulgado resultando na demissão do presidente da auturquia e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
As autoridades estão sendo investigadas pela Polícia Federal, bem como as associações que fizeram esses descontos sem autorização e que levaram mais de R$ 2 bilhões em dinheiro desviado.
Os deputados também realizam uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para culpabilizar os responsáveis e fazer questionamentos.
O governo federal, por sua vez, tem devolvido aos idosos os valores que foram roubados por meio de parcela única e com correção.