Um novo tipo de fraude chamou atenção do mercado financeiro nos últimos dias: o GhostNFC, um golpe que explora pagamentos por aproximação (contactless).
O ataque, ainda em fase de monitoramento, já foi detectado na América Latina. Como o nome indica, pode afetar cartões e celulares que utilizam a tecnologia NFC para compras rápidas.
Diferente de golpes tradicionais, o GhostNFC não clona o cartão. Contudo, engana o sistema de pagamento, retransmitindo o sinal legítimo para outra maquininha controlada pelos criminosos.
Assim, é como se o cartão estivesse sendo usado em um ponto de venda distante, só que de forma autorizada.
Como funciona o GhostNFC na prática?
O golpe segue um processo sofisticado:
- A vítima é convencida a instalar um aplicativo falso no celular;
- Esse app malicioso solicita permissões e passa a interceptar sinais NFC.
- Quando o usuário aproxima o cartão do aparelho, o malware retransmite em tempo real as informações para outro terminal. Lá, o fraudador completa a compra.
Na prática, o cartão da vítima “acredita” que está em contato com uma maquininha oficial. O criminoso, por sua vez, finaliza a transação em outro local.
Embora ainda não haja registros de ataques em massa no Brasil, especialistas alertam que o potencial de disseminação é elevado.
Os riscos com este novo golpe nas ruas
Pagamentos por aproximação se tornaram comuns por sua praticidade, mas o caso GhostNFC reforça a necessidade de cuidados. Entre as recomendações de segurança, estão:
- Instalar apps apenas de lojas oficiais como Google Play e App Store.
- Desconfiar de ligações ou mensagens que peçam validação de cartão.
- Evitar aproximar o cartão do celular sem necessidade ou orientação clara.
- Utilizar antivírus confiável para bloquear malwares.
- Monitorar extratos e notificações bancárias, denunciando transações suspeitas.
O GhostNFC é um alerta sobre como inovações financeiras também atraem cibercriminosos. Embora ainda restrito, o golpe mostra que métodos de pagamento modernos exigem atenção redobrada.
Para os consumidores, portanto, a regra é clara: conveniência nunca deve vir sem segurança. Acompanhar novidades e aplicar boas práticas digitais é o melhor caminho para aproveitar a tecnologia sem cair em armadilhas.