A inteligência artificial começa a transformar até mesmo o mercado de podcasts.
A startup Inception Point AI, de Jeanine Wright, ex-COO da Wondery, revelou que está produzindo mais de 3.000 episódios por semana utilizando IA.
O detalhe curioso é que a equipe conta com apenas quatro pessoas de conteúdo.
Contudo, o modelo promete custo baixíssimo: cada episódio sai por cerca de US$ 1.
O que é mais interessante? Segundo a empresa, basta atrair 20 ouvintes para que o programa já se torne lucrativo. Isso é possível, principalmente por conta dos anúncios programáticos feitos via Spreaker.
O que é o “AI slop”?
Este episódio entretanto, nos leva novamente a pensar para onde está indo todo esse conteúdo quando ele não é consumido ou “passa do prazo”.
O termo AI slop vem sendo usado para descrever conteúdos gerados por IA em massa. São conteúdos, entretanto, considerados de baixa qualidade ou genéricos, para ocupar espaço mais do que para oferecer valor real ao público.
Um exemplo citado é o podcast de tricô Knitting, apresentado pela personagem fictícia Lila “Crafty” Walker.
O público não é informado de que o material é feito por IA e, em avaliações, muitos identificaram a falta de autenticidade, classificando-o como “AI slop”.
Como foi a resposta da empresa?
Jeanine Wright rebateu as críticas em entrevista ao The Hollywood Reporter.
Para ela, quem insiste em chamar todo o conteúdo de IA de “AI slop” é “um ludita preguiçoso” — em referência ao movimento histórico de trabalhadores que resistiam à automação no século XIX.
A declaração acendeu o debate sobre transparência, qualidade e ética no uso da inteligência artificial.
Enquanto parte da audiência questiona a autenticidade, outros veem uma oportunidade de baratear e massificar o acesso à produção de mídia.
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