SALESóPOLIS, SP — Na tarde de terça-feira (09) a porta-voz do governo dos Estados Unidos, Karoline Leavitt, foi questionada se Trump pretende reagir caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado no Brasil. A resposta de Leavitt incluiu “poder econômico” e “militar” na mesma frase.

“Posso dizer que essa é uma prioridade para o governo. O presidente [Donald Trump] não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, disse Leavitt, porta-voz da Casa Branca.
O ex-presidente Jair Bolsonaro que é aliado declarado de Trump está sendo julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe. Até o momento há dois votos para condenação de Bolsonaro e outros políticos.
Em agosto o governo dos Estados Unidos aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos de exportação brasileira usando como justificativa que o Brasil não é um bom parceiro comercial, mas também deixando claro que a ação servia como uma manifestação em prol da liberdade de Bolsonaro.
A porta-voz dos EUA lembrou o momento que enxergou como “ações […] para garantir que países ao redor do mundo não estejam punindo seus cidadãos“.
Resposta rápida de Lula às ameaças de Trump
O presidente Lula, atento aos desenvolvimentos internacionais, reagiu de forma decidida. Mais uma vez ele enfatizou a soberania nacional, isto é, o poder do Brasil em tomar suas próprias decisões sem interferência de outros países.
Na noite de ontem (09) o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) publicou uma nota em que “condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia“.
“O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania”, disse a nota do Itamaraty.
Possíveis desenvolvimentos futuros
A relação Brasil-EUA é complexa e cheia de nuances. Apesar das ameaças, ambos os países têm interesse em manter diálogo. Lula tem fortalecido relações internacionais com outras potências para reduzir a dependência dos Estados Unidos.
A política internacional está em constante mudança, onde diplomacia e estratégia são fundamentais. A resposta de Lula às ameaças de Trump destaca a soberania brasileira e a liderança assertiva. Observar atentamente os próximos passos nesta relação será crucial para entender o futuro das alianças globais.