O Itaú surpreendeu o mercado nesta segunda-feira (8), logo após inúmeros de demissões em larga escala circularem na internet.
Segundo o banco, entretanto, os cortes seriam por “problemas de aderência cultural e produtividade” entre os colaboradores.
Além disso, a instituição afirmou que realiza avaliações periódicas de desempenho e conduta, especialmente em relação ao trabalho remoto e ao registro de jornada.
O comunicado oficial ressaltou que a medida foi “criteriosa”, com o objetivo de fortalecer a cultura interna. Com isso, o objetivo também é manter o alinhamento com seus princípios de confiança.
No entanto, não há ainda um número exato de desligados. Especula-se nas redes sociais que entre mil e até cinco mil funcionários possam ter sido impactados.
Reações e críticas ao movimento do banco
Nas redes sociais, a repercussão foi imediata. Comentários afirmaram que os cortes teriam relação direta com a baixa produtividade de funcionários em regime de home office.
Uma publicação viral, aliás, chegou a mencionar que “quem passava mais de 60% do tempo fora do computador foi demitido”.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região se manifestou de forma contrária. Em nota, classificou as demissões como injustificáveis diante dos lucros do banco, que ultrapassaram R$ 22 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025.
Dessa forma, a entidade defendeu que deveria ter havido diálogo prévio com os trabalhadores.
O cenário no setor financeiro
O episódio expõe uma tendência do setor: forte digitalização com redução de postos de trabalho. Nos últimos anos, o Itaú fechou mais de 2 mil agências e cortou cerca de 18 mil empregos. Ao mesmo tempo, manteve lucros crescentes, acompanhando os demais grandes bancos privados.
O contraste entre avanço tecnológico, lucros recordes e demissões em massa levanta um debate importante sobre o futuro do emprego no setor financeiro no Brasil.