O Brasil está entre os maiores ecossistemas de fintechs do mundo. Contudo, agora vê surgir um campo específico que une inovação financeira e responsabilidade social: as fintechs socioambientais.
Um estudo recente da Fundação Getulio Vargas (FGV) traz um panorama interessante. Ele mostra que essas iniciativas se consolidam como protagonistas na busca por soluções inclusivas e sustentáveis para o futuro do país.
O que são as fintechs socioambientais?
Essas empresas combinam tecnologia financeira com impacto social e ambiental.
O foco está, sobretudo, em ampliar o acesso ao crédito e criar serviços adequados para comunidades historicamente excluídas. Ao mesmo tempo, visa incentivar projetos ligados às energias renováveis e à redução de desigualdades.
A FGV analisou dez iniciativas brasileiras alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Assim, destacou a relevância desse modelo de negócio no cenário nacional.
Você pode conferir mais detalhes no próprio portal da FGV.
Fases do desenvolvimento do setor socioambiental
O relatório mostra que o setor passou por diferentes momentos:
- 2009 a 2016: foco em inclusão financeira básica;
- 2017 a 2018: surgimento de bancos digitais e soluções sustentáveis;
- 2019 a 2021: fortalecimento das finanças verdes;
- Futuro: integração cada vez maior entre serviços financeiros e metas de sustentabilidade.
Esse histórico reforça como o campo evolui de forma consistente, acompanhando assim, as transformações do mercado e da sociedade.
Quais são os desafios que ainda residem?
Apesar do crescimento, especialistas alertam para o desafio de equilibrar expansão com a missão socioambiental.
O estudo da FGV, por exemplo, recomenda políticas regulatórias específicas. Junto com criação de métricas que unam indicadores financeiros aos ODS e estímulo a redes de colaboração entre setor público e privado.
Além disso, defende mecanismos de financiamento que respeitem a proposta de impacto positivo dessas fintechs.
Um futuro promissor para as fintechs socioambientais
Segundo os pesquisadores, as fintechs socioambientais representam uma oportunidade. Seriam a chance de transformar o sistema financeiro brasileiro em um motor de inclusão e sustentabilidade.
Para investidores e reguladores, acompanhar esse movimento é essencial para fortalecer um ambiente de inovação que gere benefícios reais para a sociedade.