Os brasileiros acompanham notícias de grandes terremotos em países como Chile, México e Turquia, mas quase nunca ouvem falar de abalos de grande intensidade no território nacional. Afinal, por que não tem terremoto no Brasil? A resposta está ligada à posição geográfica e à formação geológica do país.
Brasil está longe dos limites de placas tectônicas
O principal motivo é a localização. O Brasil está no interior da Placa Sul-Americana, distante das regiões de encontro entre placas tectônicas.
- Nos limites das placas, há colisões, afastamentos ou deslizamentos, que acumulam e liberam energia.
- Como o país não se encontra nessas zonas de contato, a probabilidade de terremotos de grande magnitude é muito baixa.
Estrutura geológica estável
O solo brasileiro é formado por escudos cristalinos antigos, rochas rígidas e estáveis que dificultam movimentações bruscas.
- Essa estrutura garante menos falhas tectônicas ativas.
- Tremores que ocorrem são intraplaca, ou seja, dentro da placa, geralmente de baixa intensidade.
Já houve registro de tremores no Brasil?
Apesar da estabilidade, o Brasil não é 100% livre de abalos.
- Ocorrem registros principalmente no Nordeste (RN, CE, PE) e Centro-Oeste (MT, GO).
- Normalmente ficam entre 2 e 5 graus na escala Richter, o que pode assustar moradores, mas sem causar destruição significativa.
Comparação do Brasil com outros países
Enquanto o Chile e o Peru estão sobre a zona de subducção da Placa de Nazca sob a Placa Sul-Americana, o Brasil permanece em área estável.
- Essa diferença explica porque nossos vizinhos enfrentam terremotos devastadores e tsunamis, enquanto aqui os tremores são leves e ocasionais.
Em resumo: o Brasil não tem terremotos fortes porque está longe dos limites de placas tectônicas e possui uma crosta continental antiga e estável. Os abalos que ocorrem são pequenos e localizados, sem riscos de grandes catástrofes.