O Brasil está mais velho – e a longevidade masculina ainda fica atrás da feminina. Em 2024, os idosos (65 anos ou mais) já representam 11,2 % da população total. Contudo, os homens continuam chegando menos aos 60 e 70 anos, um cenário que merece atenção pública.
População envelhece e grupos jovens encolhem
De 2012 a 2024, a participação da população com menos de 30 anos caiu de 49,9 % para 41,9 %, enquanto o grupo de 30 anos ou mais subiu de 50,1 % para 58,1 %.
Esse envelhecimento se reflete ainda na redução do contingente jovem: caiu de 98,2 milhões para 89,0 milhões, uma queda de cerca de 9,4 %.
Em especial, crianças de 5 a 13 anos passaram de 14,6 % para 12,3 %, e adolescentes de 14 a 17 anos de 7,1 % para 5,6 % da população.
Homens ainda chegam menos aos 60 e 70 anos
No geral, mulheres já superam os homens com 51,2 % da população contra 48,8 %. A razão de sexo é de 95,2 homens para cada 100 mulheres, sendo mais alta no Norte (99,3) e mais baixa no Nordeste (93,0) e Sudeste (94,9).
O choque vem aos 60+ e 70+. Afinal, a proporção de homens entre os idosos de 60 anos ou mais é de apenas 78,9 homens para cada 100 mulheres. Aos 70 anos ou mais, continua caindo, sendo 72,3 homens para cada 100 mulheres.
Esse quadro indica que, embora o Brasil esteja mais velho, os homens têm menor longevidade em idade avançada, sobretudo após os 60 anos. Isso pode refletir diferenças nos fatores de risco e acesso a cuidados ao longo da vida.
O que isso significa para o Brasil está mais velho?
Com mais idosos e menos homens entre eles, a sociedade passa a lidar com novas demandas. Políticas públicas devem considerar que o envelhecimento inclui distinções por gênero.
Saúde preventiva masculina e atendimentos focados podem ser necessários para equilibrar as disparidades.
De todo modo, vale acompanhar iniciativas do governo e da sociedade civil que visam a saúde integral dos idosos. E com isso, entender como esse quadro impacta as projeções sociais, econômicas e de assistência no país.