A Justiça de São Paulo condenou Osni Fernando Luiz, conhecido como “Cicatriz”, a um ano de prisão em regime semiaberto por crime contra a paz no esporte.
A decisão é resultado do episódio em que ele jogou uma cabeça de porco no gramado da Neo Química Arena. O evento foi durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, em 2024.
Detalhes da condenação de Osni
O torcedor confessou que comprou a cabeça de porco no Mercadão da Lapa e filmou a preparação do objeto antes da partida.
Inicialmente, ele admitiu que jogou a peça no campo, mas mudou a versão em depoimento depois. Assim, alegou que o item seria apenas para fotos e churrasco.
Apesar do uso de touca ninja por quem lançou o objeto, imagens do estádio e postagens em redes sociais ajudaram a identificar Osni como autor do ato. O jogo chegou a ser interrompido quando o atacante Yuri Alberto chutou a cabeça de porco para fora de campo.
Posição da Justiça e punições
O juiz Fabrício Reali Zia afirmou que a ação não representa uma rivalidade sadia, mas sim um comportamento que incita a violência.
Afinal, isso mais afasta torcedores dos estádios do que promove o evento. A pena, aliás, teve agravamento pelo histórico de reincidência de Osni. Ele já se envolveu em crime de dano a patrimônio anteriormente.
Outro torcedor citado no processo, João Vitor, foi absolvido por falta de provas. Já Osni poderá recorrer da decisão em liberdade.
Multas e antecedentes
O Corinthians também recebeu punição com multa pelo STJD em razão do incidente. Em outro episódio, Osni já havia estava proibido de frequentar partidas após ser flagrado em atitude semelhante em frente ao Allianz Parque.
A condenação de Osni reforça a atuação do Judiciário no combate à violência nos estádios. Com isso, sinaliza que atos dessa natureza, mesmo travestidos de provocação esportiva, não merecem espaço.
Conquanto, a decisão também evidencia a importância do monitoramento digital e da responsabilização individual em eventos públicos. Há o reforço, sobretudo para jogo de grande rivalidade.