Famílias das vítimas da explosão que ocorreu em Quatro Barras (PR) foram alvo de criminosos que se passaram por advogados e seguradoras.
O objetivo era se aproveitar do momento de fragilidade para tentar obter dinheiro de forma fraudulenta.
Segundo o coronel Fernando Klemps, da Secretaria de Segurança Pública, esses contatos não têm qualquer relação com o processo oficial.
Além disso, ele destacou que o caso segue em sigilo de Justiça, o que reforça o caráter enganoso das abordagens.
Reunião com familiares e orientações oficiais
Na noite de segunda-feira (18), familiares se reuniram com representantes da Polícia Científica, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública e da própria Sesp.
O encontro ocorreu em uma escola estadual e teve como foco orientar sobretudo, acerca dos procedimentos de identificação das vítimas, a emissão das certidões de óbito e os passos para acessar direitos relacionados a despesas funerárias.
O defensor público Ricardo Menezes da Silva reforçou que a instituição está à disposição para proteger os interesses das famílias, inclusive de moradores da região que tiveram prejuízos indiretos.
Entenda a explosão em Quatro Barras
O acidente ocorreu em 12 de agosto, por volta das 5h50 da manhã, em uma área de 25 m² destinada ao preparo de explosivos para transporte.
A força da explosão foi tamanha que os corpos foram fragmentados, exigindo exames de DNA para identificação. Mais de mil vestígios já foram coletados.
As investigações estão sob responsabilidade da Polícia Civil do Paraná e do Ministério Público do Trabalho (MPT-PR). O prazo inicial para conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado.
Apoio e responsabilidade da Enaex Brasil
A empresa Enaex Brasil, onde ocorreu a explosão, lamentou o episódio e afirmou que está prestando apoio integral às famílias.
Além disso, a companhia declarou que suas operações estavam em conformidade com normas de segurança e que colabora integralmente com as investigações.
Como se proteger de golpes em situações de tragédia
Casos como este mostram como criminosos exploram momentos de fragilidade. Por isso, as autoridades orientam que familiares:
- Desconfiem de contatos não oficiais por telefone ou mensagens;
- Confirmem qualquer informação diretamente com órgãos públicos ou a própria Defensoria;
- Não realizem transferências bancárias sem confirmação formal.
Claro que esse alerta vale também para outros contextos, em que golpes semelhantes são comuns.