Desde o lançamento do filme “Her”, em 2013, o “efeito Her” passou de um conceito fictício para um fenômeno observado na vida real.
A obra dirigida por Spike Jonze mostra um homem que se apaixona por uma assistente virtual ─ um Sistema Operacional para ser mais exato. Contudo, hoje, isso já não parece tão distante.
Casos reais ilustram o avanço do efeito Her
Recentemente, uma mulher relatou manter um relacionamento afetivo com um chatbot, tratando-o como seu “namorado virtual”.
Outro caso que chamou atenção foi o de um usuário do Reddit, de 29 anos, que confessou ter desenvolvido sentimentos amorosos pelo ChatGPT.
De todo modo, estes exemplos mostram como o “efeito Her” está se tornando uma tendência crescente. E isso tem crescido conforme as inteligências artificiais se tornam mais sofisticadas e “humanizadas”.
Tragédia que reforça alerta sobre relações com IA
Em 2024, um adolescente de 14 anos, nos EUA, tirou a própria vida logo após afirmar que iria “se encontrar” com sua namorada virtual, um chatbot.
A família, entretanto, responsabilizou a empresa por não monitorar as interações, levando o caso à Justiça. O acontecimento reacendeu o debate sobre os limites emocionais nas interações com IA.
O que está por trás do efeito Her?
Especialistas apontam que a solidão e a busca por conexões emocionais estão entre os fatores que impulsionam o efeito Her.
Com assistentes virtuais cada vez mais responsivos, o vínculo afetivo pode surgir mesmo sem reciprocidade real.
A tendência, entretanto, preocupa psicólogos e desenvolvedores, que discutem formas de reduzir riscos emocionais sem frear os avanços tecnológicos.
IA e emoção: limites entre tecnologia e afeto
O efeito Her levanta questões importantes: até que ponto uma inteligência artificial pode ou deve se envolver emocionalmente com humanos?
Para alguns, esse tipo de interação pode ajudar a combater a solidão. Para outros, representa um risco emocional grave.
O debate segue em aberto, mas é certo que a fronteira entre ficção e realidade está cada vez mais tênue.