A Marisa Maiô foi criada pelo roteirista e artista digital Raony Phillips e viralizou nas redes sociais brasileiras em junho de 2025.
Inspirada pela estética de programas de auditório antigos, a apresentadora virtual é fruto da ferramenta de IA Google Veo 3. Esta ferramenta transforma comandos de texto em vídeos ultrarrealistas de até 8 segundos.
A combinação de visual convincente, humor ácido e absurdo satírico fez muitos usuários acreditarem se tratar de um programa televisivo real. Isso, entretanto, levou a muitos compartilhamentos e mídia espontânea.
Humor e estética de Marisa Maiô
Com seu famoso maiô preto, salto alto e maquiagem marcante, Marisa Maiô brinca com o grotesco e o realismo da IA.
Os pequenos erros — dedos multiplicando, sincronização falha, expressões bizarras — são parte essencial do charme cômico do formato.
A personagem satiriza programas como Casos de Família e Programa do Ratinho, mas com um tom ácido e surreal, alcançando uma autenticidade digital que conecta especialmente com o público jovem.
Parcerias comerciais e repercussão na mídia
Poucas semanas após o surgimento, Magazine Luiza, OLX e inDrive fecharam campanhas publicitárias protagonizadas pela Marisa Maiô. Este, sem dúvida, é um marco na monetização de avatares de IA.
Além disso, veículos como Fantástico, da TV Globo, destacaram o fenômeno, entrevistando o criador e discutindo o impacto cultural do sucesso.
Debates éticos e o novo cenário do entretenimento
O fenômeno de Marisa Maiô reacendeu discussões sobre o uso de IA no entretenimento. Sobretudo, acerca de deepfakes, desinformação e leis de direitos autorais.
A rápida popularização, somada à ausência de regulação específica, levantou alertas sobre o potencial ético do formato.
Críticos apontam que, embora divertida, a personagem mostra os desafios de distinguir realidade e ficção em conteúdos sintéticos altamente realistas.
Marisa Maiô representa mais que uma piada ou meme: é assim, um símbolo da criatividade digital potencializada pela IA. Ela é capaz de gerar engajamento, reflexões sobre mídia e uma nova forma de monetização cultural.