Produtos que ficam de fora do tarifaço de Trump
Produto/Grupo | Descrição |
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Artigos de aeronaves civis | Aeronaves civis, motores, peças, subconjuntos e simuladores de voo, incluindo tubos, mangueiras, sistemas elétricos, pneus e estruturas metálicas. |
Veículos e peças específicas | Veículos de passageiros (sedans, SUVs, minivans, vans de carga), caminhões leves e suas peças e componentes. |
Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre | Produtos e derivados desses metais, incluindo itens semiacabados e componentes industriais. |
Fertilizantes | Fertilizantes amplamente utilizados na agricultura brasileira. |
Produtos agrícolas e de madeira | Castanha-do-brasil, suco e polpa de laranja, mica bruta, madeira tropical serrada ou lascada, polpa de madeira e fios de sisal ou outras fibras do gênero Agave. |
Metais e minerais específicos | Silício, ferro-gusa, alumina, estanho (em diversas formas), metais preciosos como ouro e prata, ferroníquel, ferronióbio e produtos ferrosos obtidos por redução direta de minério de ferro. |
Energia e produtos energéticos | Carvão, gás natural, petróleo e derivados (querosene, óleos lubrificantes, parafina, coque de petróleo, betume, misturas betuminosas e energia elétrica). |
Bens retornados aos EUA | Artigos exportados para reparo, modificação ou processamento e retornados aos EUA sob certas condições. |
Bens em trânsito | Produtos em trânsito antes da entrada em vigor da ordem (se chegarem aos EUA até 5 de outubro). |
Produtos de uso pessoal | Itens incluídos na bagagem de passageiros que chegam aos EUA. |
Donativos e materiais informativos | Doações de alimentos, roupas e medicamentos, além de materiais informativos como livros, filmes, CDs, pôsteres, obras de arte e conteúdos jornalísticos. |
Fonte: g1
Por que esses produtos ficaram de fora?
Essa é uma pergunta que você deve estar se fazendo, pode parecer bondade à primeira vista, mas não se engane. A decisão de isentar produtos como o petróleo e o suco de laranja pode ser uma tentativa de proteger setores essenciais da economia americana, como a indústria do petróleo e a cadeia de suprimentos de alimentos, que já enfrentam desafios devido à pandemia.
Esses produtos foram inicialmente considerados em risco de sofrer o aumento de 50% nas tarifas, mas, após revisões, ficaram fora da nova aplicação.
Além disso, produtos do setor aéreo, como aviões e peças de aeronaves, também conseguiram evitar o impacto das novas tarifas, o que representa uma vitória significativa para as indústrias de aviação dos EUA, especialmente em tempos de recuperação econômica.
Com essas isenções, a medida de Trump pode ter efeitos mais limitados do que inicialmente previsto, oferecendo algum alívio para setores chave. No entanto, o tarifaço ainda promete gerar grandes desafios para muitas empresas, que terão que se adaptar às mudanças nas tarifas.
Nichos que estão gerando dúvidas sobre se vai ter influência do tarifaço
Quem trabalha com exportação pode estar com bastante dúvidas, porém, quem recebe em dólar provavelmente tem muito mais questionamentos sobre o assunto. Afinal, as medidas afetam essas pessoas.
O FDR foi atrás dessa resposta e descobriu que se você recebe pagamentos em dólar, seja por meio de exportações, remessas internacionais ou investimentos, a tarifa de 50% imposta por Donald Trump às importações brasileiras pode afetar sua renda de forma indireta.
Isso porque ela pode ter efeitos no dólar, entenda melhor:
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Redução na competitividade dos produtos brasileiros: Produtos como carne, café e suco de laranja, que são exportados para os EUA, podem se tornar mais caros devido à tarifa. Isso pode diminuir a demanda por esses produtos, afetando negativamente as receitas das empresas brasileiras que os produzem.
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Diminuição das exportações: Com a tarifa, as exportações brasileiras para os EUA podem cair, o que pode levar a uma redução nos pagamentos recebidos em dólar por exportadores brasileiros.
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Valorização do dólar: A tarifa pode afetar o câmbio, resultando em uma valorização do dólar em relação ao real. Embora isso possa aumentar o valor em reais dos pagamentos recebidos em dólar, também pode aumentar os custos de importação para empresas brasileiras, afetando sua rentabilidade.
Com informações da Forbes Brasil e CBN