União Europeia boicota Temu por venda de produtos piratas na plataforma

A gigante de compras online Temu, da China, está enfrentando sérios problemas na União Europeia após acusação de violar as regras digitais do bloco.

A Comissão Europeia revelou que a plataforma não estaria realizando a avaliação de riscos de produtos ilegais de maneira adequada. Ou seja, há a possibilidade de colocar em risco os consumidores europeus.

Entre as acusações, entretanto, há um destaque para a presença de produtos perigosos na plataforma.


O que está em jogo para a Temu?

A investigação sobre a Temu faz parte da aplicação da Lei de Serviços Digitais (DSA) da União Europeia.

Essa legislação obriga plataformas digitais a adotarem medidas mais rigorosas para a proteção dos consumidores, combatendo, sobretudo, conteúdos nocivos.

A Temu, no entanto, é acusada de não realizar uma avaliação de riscos precisa, o que coloca seus consumidores em risco.

Em um exercício de compras misteriosas, os reguladores europeus identificaram a venda de produtos que violam as normas do bloco.

Como isso pode mexer com a Temu?

A Temu, que entrou no mercado europeu em 2023, já conta com 93,7 milhões de usuários ativos mensais na região.

Com a crescente popularidade da plataforma, os reguladores da UE estão agora investigando outros aspectos de suas operações. A busca é por tudo que possa prejudicar o bem-estar físico e mental dos usuários.

Se as conclusões da investigação forem confirmadas, a Temu poderá ser multada em até seis por cento de seu volume de negócios anual global.

Além disso, a plataforma pode ser obrigada a modificar suas práticas para atender às exigências de segurança.


O que a legislação DSA representa?

A Lei de Serviços Digitais (DSA) faz parte de um movimento mais amplo da União Europeia. A finalidade é regular e controlar as grandes plataformas de tecnologia, conhecidas como “Big Tech”.

Essa legislação visa garantir que empresas como a Temu, Facebook, Instagram, TikTok e AliExpress operem assim, de maneira transparente e segura para os consumidores europeus.

Embora a DSA tenha sido criticada, especialmente pelos Estados Unidos, a UE acredita que é crucial para a proteção de seus cidadãos.


Esse é o fim da Temu na União Europeia?

Não, uma vez que a Temu ainda tem a oportunidade de responder às conclusões da Comissão Europeia e se defender.

Uma pessoa investigando o app da TEMU
Imagem: Geração/FDR

Além disso, a investigação não tem um prazo para conclusão. Isso, de certo modo, aumenta a incerteza sobre o futuro da plataforma no mercado europeu.

Mas caso a acusação de violação das regras prossiga, as repercussões podem ser significativas. Ao ponto de não afetar apenas a operação da empresa na UE, mas também em outros países.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.