Léo Lins em Portugal fala sobre pena de 8 anos; “maior do que a de um assassino”

Léo Lins, humorista brasileiro ganhou destaque por seu estilo irreverente e provocador. Mas nos últimos meses virou o centro de uma polêmica, recebendo uma condenação de mais de oito anos de prisão no Brasil.

As múltiplas denúncias, entretanto, vieram após a exibição de seu espetáculo de stand-up “Perturbador”. A sentença, proferida pela 3ª Vara Criminal de São Paulo em junho de 2025, gerou debates.

O tema central em questão trata dos limites do humor e da liberdade de expressão no Brasil.

Durante uma entrevista à Revista E do Expresso, Léo Lins discutiu sua surpresa diante da condenação, comparando a pena á de um assassino.

Léo Lins
Imagem: Reprodução

O caso Léo Lins: a condenação e o contexto do julgamento

Em seu espetáculo, Léo Lins fez piadas consideradas ofensivas por diversos grupos sociais. Assim, ele em tese, ofendeu pessoas idosas, gordas, portadores do HIV, judeus, evangélicos, homossexuais, negros e indígenas.

O Ministério Público Federal, no entanto, acusou o comediante de “ofensa à moralidade pública”. Além disso, há acusação de propagar discurso de ódio.

Um dos pontos que inflou as acusações, foi o fato de seu show ter sido visualizado por mais de três milhões de pessoas no YouTube.

A condenação de Lins gerou um grande debate sobre a linha tênue entre o humor e o discurso considerado inapropriado. A maior dúvida, entretanto, é sobre até onde a liberdade de expressão pode ir sem ferir os direitos de outras pessoas.

Lins defende o humor sem limites e a liberdade de expressão

Durante a entrevista recente, Léo Lins se mostra ainda surpreso com a sentença. Na ocasião comparou a pena que recebeu à de crimes graves, como o assassinato, que no Brasil pode resultar em penas de apenas sete anos.

Para o humorista, a sua condenação é desproporcional e reflete um perigo para a liberdade de expressão. Assim, o humorista defendeu que o humor deve ser uma ferramenta de reflexão. Ele, como comediante, teria o direito de provocar risos, mesmo que as piadas toquem em temas sensíveis.

“Eu sou um humorista, não posso deixar de fazer meu trabalho apenas porque alguém pode se sentir ofendido, declarou Lins.

Apesar da condenação, Léo Lins continua a defender sua inocência e espera ser absolvido das acusações. O comediante reafirma que o humor é sua forma de arte, e como tal, deve ser assim, livre de censura.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.