Nota de R$ 200 foi um delírio coletivo? Onde elas estão?

A introdução da Nota de R$ 200 em 2020 causou surpresa e gerou debates.

Criada em meio à pandemia de Covid-19, a cédula foi uma tentativa de atender à crescente demanda por dinheiro em espécie.

Mas, após um período, surge a pergunta: a Nota de R$ 200 realmente fez a diferença? Onde ela está agora?


O lançamento da nota de R$ 200: resposta à pandemia

O lançamento da Nota de R$ 200, em 2020, foi uma resposta à crise sanitária e econômica gerada pela pandemia. Durante esse período, muitos brasileiros preferiram sacar dinheiro, especialmente no contexto do auxílio emergencial.

Esse aumento da demanda por valores mais altos levou o Banco Central a emitir a cédula, com o objetivo de facilitar transações em espécie.

Circulação das cédulas: pouca presença nas ruas

Apesar da grande expectativa, a Nota de R$ 200 representa apenas 1,9% das cédulas em circulação no Brasil.

Atualmente, há cerca de 144,24 milhões de cédulas de R$ 200, mas este número ainda é muito inferior ao de outras denominações. Por exemplo, as de R$ 1 somam 148,63 milhões.

Em 2024, a emissão de novas cédulas de R$ 200 foi de apenas 6,1 milhões, refletindo assim, a baixa utilização da nota.


Qual é o custo da produção? Um investimento alto

Produzir a Nota de R$ 200 não é barato. Isso porque cada milheiro de cédulas custa R$ 325, o que torna essa cédula a mais cara de ser produzida no Brasil.

Em 2020, o custo de produção das 450 milhões de cédulas foi de cerca de R$ 146 milhões. Contudo, a baixa circulação da nota levanta questões sobre a eficiência do investimento.

Elementos de segurança: proteção contra falsificação

A Nota de R$ 200 veio com várias características de segurança para evitar falsificações. Entre elas há marca d’água, mudança de cor, número escondido e alto-relevo.

Essas medidas são comuns nas cédulas da segunda família do real e garantem a integridade da cédula.

O impacto do PIX: menos necessidade de papel-moeda

O PIX, lançado também em 2020, tem sido uma das principais razões pela baixa utilização da Nota de R$ 200.

O sistema de pagamentos instantâneos facilita transações sem a necessidade de dinheiro físico. Em um cenário em que pagamentos digitais se tornam mais populares, o papel-moeda fica em segundo lugar.

Embora a nota de R$ 200 tenha sido uma resposta estratégica, sua utilização tem sido muito menor do que o esperado.

Com a crescente adesão ao PIX e o alto custo de produção, a cédula de R$ 200 se torna menos relevante no cotidiano dos brasileiros. Seu futuro, em um cenário cada vez mais digital, é incerto.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.