SALESóPOLIS, SP — A Rua 25 de Março, em São Paulo, passa a responder um novo processo investigativo do presidente dos EUA, Donald Trump. Conhecida pela vasta gama de produtos a preços acessíveis, a 25 de Março desperta agora interesse por motivos diferentes.

(Foto: I.A)
Por que a Rua 25 de Março está sendo investigada?
A 25 de Março foi citada em alegações de práticas comerciais desleais que impactam o mercado norte-americano.
De acordo com uma reportagem do G1, Trump alega que a importação de produtos supostamente piratas fere leis de propriedade intelectual dos EUA e ameaça sua economia.
A pedido do presidente dos Estados Unidos, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) abriu uma investigação contra o comércio de rua da 25 de março.
“O Brasil adota uma série de atos, políticas e práticas que aparentemente negam proteção e aplicação adequadas e eficazes aos direitos de propriedade intelectual. Por exemplo, o país não conseguiu combater de forma eficaz a importação, distribuição, venda e uso generalizados de produtos falsificados, consoles de videogame modificados, dispositivos de streaming ilícitos e outros dispositivos de violação”, afirma o documento.
Em janeiro deste ano o USTR já havia acusado os pontos comerciais de São Paulo de pirataria, mencionando: Centro Histórico e os bairros de Santa Ifigênia e Brás, incluindo o Shopping 25 de Março, Galeria Page Centro, Galeria Santa Ifigênia, Shopping Tupan, Shopping Korai, Feira da Madrugada e Nova Feira da Madrugada.
Efeito da investigação na 25 de Março
O efeito potencial dessa investigação sobre os comerciantes da área pode ser drástico. A 25 de Março sustenta uma complexa cadeia produtiva que depende de mercadoria contínua e preços competitivos.
Qualquer imposição de tarifas ou restrições pode modificar este ecossistema, levando a mudanças em fornecedores e produtos.
Origem dos produtos da 25 de Março
Grande parte da oferta da 25 de Março é composta por importações de países asiáticos. Os comerciantes visam oferecer eletrônicos a vestuários a preços atrativos.
Essa diversidade, no entanto, levanta preocupações sobre práticas comerciais justas, o que pode afetar empresários e consumidores.
Ainda que possíveis sanções ou regulamentações estejam por vir, comerciantes estão se preparando para adequar seus negócios às normas legais. Essa adaptação é essencial para a permanência deste importante mercado paulistano.
A 25 de Março é mais que um símbolo de comércio em grande escala; é um reflexo das complexas dinâmicas entre mercados locais e internacionais. Acompanhando esta investigação, observaremos ajustes e implicações que poderão redefinir estratégias de operação e conformidade no cenário global de negócios.