A Intel, uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo, enfrenta uma crise profunda. Assim, vem refletindo as dificuldades de se adaptar a um mercado de inteligência artificial (IA) em rápida evolução.
A empresa enfrenta desafios financeiros, mas adota mudanças estratégicas e uma reestruturação que resultou em milhares de demissões. De todo modo, a gigante de tecnologia está tentando se reposicionar para sobreviver neste novo cenário.
Reconhecimento público da crise pela empresa
Recentemente, o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, fez uma declaração alarmante em uma reunião interna. Na ocasião, ele admitiu que a empresa perdeu sua posição entre as 10 maiores fabricantes de semicondutores do mundo.
Além disso, a Intel foi ultrapassada por concorrentes como Nvidia, AMD e TSMC no setor de IA. Segundo Tan, este evento coloca a empresa em uma “luta pela sobrevivência”.
Reestruturação e Demissões
A reestruturação da Intel foi uma das respostas a essa crise, com a empresa cortando milhares de empregos. Nos Estados Unidos, cerca de 4.000 funcionários foram demitidos, com 2.392 desses cortes ocorrendo em Oregon.
Além disso, a Intel está considerando a possibilidade de fechar a planta Fab 28 em Israel, um centro de produção que não conta com a tecnologia de litografia EUV necessária para a fabricação de chips de última geração
Mudanças estratégicas e culturais
Mediante ao cenário delicado, a Intel está passando por uma transformação estratégica e cultural. O CEO, por sua vez, enfatiza a necessidade de uma mudança no perfil da empresa.
Por isso, a companhia está em processo de adotar práticas mais ágeis e tentar atrair novos talentos, enquanto considera um modelo de negócios como o da AMD e Apple.
Ou seja, terceirizar a fabricação de seus chips para empresas especializadas, como a TSMC. Além disso, a Intel já está terceirizando suas funções de marketing para a Accenture, usando IA para automatizar tarefas e reduzir custos.
Intel em situação financeira preocupante
Em termos financeiros, a situação da Intel não é a melhor em 2025. No terceiro trimestre do ano passado, a empresa registrou uma perda significativa de US$ 16 bilhões.
Este desempenho preocupante sublinha a difícil tarefa que a Intel tem pela frente.
A crise da Intel, sem dúvida, é um reflexo das dificuldades que muitas empresas globais estão enfrentando. Até porque o momento atual é o de se adaptar às rápidas mudanças tecnológicas.
De todo modo, conforme aponto o CEO, a empresa está se esforçando para redefinir seu papel no mercado de IA. No entanto, a jornada de recuperação parece ser longa e cheia de desafios.