SALESóPOLIS, SP — O Bolsa Família é chave para milhões de lares no Brasil, assistindo famílias em estado de vulnerabilidade. Recentemente, surgiu uma questão: será que as mães estão perdendo prioridade na fila do benefício, agora que moradores de rua também têm preferência?

Historicamente, mães tinham prioridade no programa, visando apoiar o cuidado dos filhos. Por meio da Portaria 1.907, de 9 de julho, o governo ampliou essa prioridade para incluir, entre outros, pessoas em situação de rua.
Essa mudança busca atender a necessidades urgentes de proteção social para esses indivíduos. No entanto, fez questionar se aqueles que já tinham preferência perderam seu lugar na espera pelo recebimento do benefício.
Como funciona a fila do Bolsa Família?
A organização da fila do Bolsa Família segue critérios de vulnerabilidade social. Avalia-se tanto mães quanto moradores de rua em relação à necessidade e condições de vida.
Havendo orçamento disponível o Ministério do Desenvolvimento Social aceita novos titulares com base nas informações do Cadastro Único.
Mães tem menos prioridade que morador de rua na fila do Bolsa Família?
A legislação do Bolsa Família foca a priorização das famílias em extrema pobreza. Neste ponto, tanto mães quanto moradores de rua estão incluídos, sem necessidade de competição entre grupos.
A diretriz atualiza-se para incluir sem substituir, continuando a reconhecer as necessidades das mães. Além dos moradores de rua, a nova Portaria também considera como preferenciais:
- famílias com pessoa identificada, pelo Ministério da Saúde, em situação de risco para insegurança alimentar; e
- famílias com pessoa em situação de risco social associado à violação de direitos, identificada no Prontuário SUAS
Principais critérios para conseguir o Bolsa Família
- Idade dos filhos
- Condições de moradia e serviços disponíveis
- Renda por pessoa da família
- Vulnerabilidade social
A decisão de priorizar moradores de rua responde à crescente crise social nas áreas urbanas, onde a população sem-teto cresceu visivelmente. O governo almeja atender mais amplamente sem impactar famílias já assistidas.
Em suma, a prioridade a novos grupos no Bolsa Família não desvaloriza a necessidade das mães. Ao contrário, a iniciativa busca garantir o suporte aos mais necessitados, mantendo o programa como um pilar do desenvolvimento social e redistribuição de renda no Brasil.