SALESóPOLIS, SP — O horário de verão pode estar prestes a retornar ao Brasil. Com o crescente aumento da demanda energética, essa retomada vem sendo considerada benéfica. Mas será que realmente vale a pena ajustar os ponteiros do relógio novamente?
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
A economia de energia é uma questão constante. Durante anos, o horário de verão foi implementado precisamente para economizar energia elétrica nos horários de pico.
A última vez que o horário de verão foi aplicado foi entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019. Mas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) o modelo parou de funcionar e tem sido assim desde então.
De acordo com o O Globo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reacendeu a discussão sobre o retorno dessa medida nos próximos anos. A proposta visa enfrentar o crescimento do consumo de energia, que sobrecarrega o sistema.
Benefícios do horário de verão
- Economia de Energia: Maximiza o uso da luz natural, diminuindo a necessidade de luz artificial;
- Impactos Econômicos: Menor consumo de energia pode reduzir contas de luz, já que as usinas terão que funcionar com menos demanda gerando economia para consumidores e governo;
- Qualidade de Vida: Dias prolongados incentivam atividades ao ar livre, melhorando o bem-estar.
A diferença que o horário de verão pode fazer
Especialistas debatem a eficácia do horário de verão na economia de energia. Anteriormente, essa prática se justificava devido à alta demanda de iluminação residencial. Hoje, o consumo de energia é diversificado, podendo alterar os resultados esperados.
A projeção do Plano da Operação Energética (PEN 2025), divulgado pela ONS, indica que a carga de energia no país deve saltar dos atuais níveis para 94,6 gigawatts médios (GWmed) em 2029, com crescimento médio anual de 3,4%.
Embora o relatório não mencione diretamente a volta do horário de verão, o documento faz referência a mudanças no atual sistema de energia elétrica do país e na possibilidade de diminuir as cargas de consumo.
“Precisamos de flexibilidade no sistema, com fontes de energia controláveis, que nos atendam de forma rápida para termos equilíbrio entre oferta e demanda, especialmente nos horários de rampa de carga. Isso é fundamental para garantir a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro”, disse Marcio Rea, diretor-geral do ONS, segundo o Globo.